Economia

Corte do IPI colaborou com a queda de consumo, diz CNC

Os veículos explicam a queda na intenção de compra de bens duráveis, segundo a confederação


	Carros: o ICF caiu 2,3% em maio ante abril
 (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

Carros: o ICF caiu 2,3% em maio ante abril (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2014 às 14h05.

Rio - Os veículos explicam a queda na intenção de compra de bens duráveis, medida pelo índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), que caiu 2,3% em maio ante abril, para 122,4 pontos, como informou nesta quinta-feira, 22, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

"A compra de veículos é muito relacionada à confiança, pois ela compromete a renda", afirma Juliana Serapio, economista da CNC, lembrando também do impacto da retirada dos estímulos por meio de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros.

Na pesquisa do ICF, o quesito "Momento para Duráveis" teve a maior queda: 4,9% na comparação com abril e retração de 13,6% em relação a maio de 2013.

Segundo Juliana, o ICF vem caindo desde o início do ano, afetado por incertezas causadas pelas eleições e pela inflação pressionada, girando em torno do teto da meta do governo.

A economista da CNC ainda relaciona a queda na confiança com o comportamento da renda. Embora o mercado de trabalho siga aquecido, com a taxa de desemprego nas mínimas históricas (4,9% em abril, como informou nesta quinta-feira o IBGE), a "massa salarial" já está sendo "comprimida" pelo aumento do endividamento e das taxas de juros. A renda média real caiu 0,5% em abril ante março, segundo o IBGE.

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