Economia

Copom mantém taxa básica de juros em 18,5%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira manter a taxa básica de juros em 18,5% ao ano, numa tentativa de conter pressões inflacionárias em meio à recente alta do câmbio e do aumento do risco-país. O Copom decidiu também seguir sem viés para a taxa Selic. Os mercados brasileiros estão […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h37.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira manter a taxa básica de juros em 18,5% ao ano, numa tentativa de conter pressões inflacionárias em meio à recente alta do câmbio e do aumento do risco-país. O Copom decidiu também seguir sem viés para a taxa Selic.

Os mercados brasileiros estão preparados para retomar os negócios depois que o Copom anunciou a manutenção baixa da taxa básica de juros em 18,5% ao ano. "Não houve surpresa entre os investidores, que devem começar a se movimentar e influenciar o Ibovespa positivamente", afirma um analista do mercado.

O Lloyds TSB afirmou que o BC deve usar como justificativa para a sua decisão os seguintes fatores:

  • A ata do Copom no mês passado sugere preocupação com a evolução da inflação. "As estimativas médias do mercado para o IPCA vêm subindo lentamente e já beiram os 5,5% estabelecidos como teto em 2002";
  • A taxa de câmbio está na casa dos R$ 2,48, bem acima dos R$ 2,32 da última reunião;
  • O barril do petróleo está por volta de US$ 28,3, contra US$ 26 há um mês
  • A queda do juro agora poderia estimular uma procura maior por hedge cambial, reforçando pressões inflacionárias futuras.
  • Hoje, o juro futuro na BM&F está sendo fixado a 18,34% para junho, 18,32% para julho, 18,38 para agosto, e 18,41% em setembro.

    Para o BBV, a decisão do banco revela coerência porque, quando decidiu interromper a trajetória de queda dos juros, o Banco Central caprichou no discurso de que a tendência de queda colocaria em xeque a meta de inflação.

    O Banco Central promoveu dois cortes modestos em fevereiro e março, mas se viu forçado a interromper as reduções em abril justamente por causa da aceleração da inflação influenciada por aumentos da gasolina.

    Excepcionalmente, o resultado do Copom saiu mais cedo devido a viagem de Armínio Fraga e de Ilan Goldfajn para um seminário de bancos centrais na Espanha.

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