Economia

Copa do Mundo reduziu confiança do varejista, diz Apas

Apesar do aumento de vendas de carnes e bebidas, estes são itens de margem menor de lucro e que tiveram muitas promoções, o que afetou rentabilidade


	Sonda: em um sábado de jogo do Brasil na Copa, companhia perdeu 43% da meta de vendas
 (Divulgação/Sonda)

Sonda: em um sábado de jogo do Brasil na Copa, companhia perdeu 43% da meta de vendas (Divulgação/Sonda)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 15h44.

São Paulo - O presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), João Galassi, avalia que o ambiente de menor confiança do varejista se deveu, neste ano, à realização da Copa do Mundo.

O executivo avaliou que, apesar de impulsionar as vendas de categorias como bebidas e carnes, a Copa pressionou as margens de supermercadistas.

"Cresceu (venda de) carne e bebida, mas especialmente bebidas são itens de margem menor e houve um ambiente promocional, o que afetou a rentabilidade", declarou.

Galassi falou ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, durante o Brazilian Retail Week, evento que reuniu representantes do varejo em São Paulo.

No mesmo evento, o presidente da rede supermercadista Sonda, José Barral, afirmou que, em um sábado de jogo do Brasil na Copa, a companhia perdeu 43% da meta de vendas.

"A perda de venda é real e clara, mas, no final do mês a empresa teve todos os custos de uma operação normal", acrescentou.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) divulgou nesta terça-feira, 29, que julho é o primeiro mês em que a confiança dos comerciantes da capital paulista cai ao campo negativo.

Neste mês, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) recuou pela quinta vez consecutiva, para 98,6 pontos - ao ficar abaixo de 100 pontos, o indicador aponta pessimismo. A queda foi de 2,5% na comparação com junho e de 5,4% sobre julho de 2013.

Galassi afirmou que a Apas também vem detectando a preocupação com a confiança em pesquisas desde 2013. Na avaliação dele, porém, até o momento essa menor confiança ainda não está indicando uma retração dos investimentos do setor no próximo ano.

"É claro que ninguém gosta de investir em um ambiente que não tenha sustentabilidade, mas não diria que há uma redução, há uma necessidade de mais tempo de planejamento", concluiu.

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