Economia

Cooperados da Bancoop recorrem à Procuradoria em SP

Dezoito líderes de cooperados que alegam ser vítimas de fraudes e estelionato da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) foram buscar ajuda ontem na sede da Procuradoria-Geral de Justiça em São Paulo. Recebidos por um grupo de promotores especialistas em desvendar desfalques no patrimônio público, eles relataram por cerca de uma hora o tormento que vivem […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Dezoito líderes de cooperados que alegam ser vítimas de fraudes e estelionato da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) foram buscar ajuda ontem na sede da Procuradoria-Geral de Justiça em São Paulo. Recebidos por um grupo de promotores especialistas em desvendar desfalques no patrimônio público, eles relataram por cerca de uma hora o tormento que vivem desde que depositaram suas economias e a confiança nos projetos da cooperativa que um núcleo do PT fundou em 1996.

O promotor de Justiça José Carlos Blat investiga desvio de mais de R$ 100 milhões na cooperativa. Ele está convencido de que parte desse montante financiou campanhas eleitorais do PT. Blat disse ontem que vai pedir o indiciamento criminal e denunciar à Justiça João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, que ocupou a presidência da Bancoop entre 2005 e 2010.

Durante a audiência, o advogado Walter Picazio Júnior, em nome de oito associações de famílias que compraram, mas não tomaram posse dos imóveis, entregou "pedido de providências urgentes" aos promotores - documento de 11 páginas que, ao final, requer dissolução da cooperativa e imediato afastamento de todo o quadro diretivo. "Só assim vamos nos livrar dessa cruz e poderemos concluir as construções com o nosso próprio esforço", disse Picazio.

Os cooperados estão revoltados. Acusam a Bancoop de fazer "terrorismo". Falam em "fraudes escancaradas". Citam o balanço 2008 que revela adiantamentos a fornecedores e no qual a Bancoop admite que repasses são relativos "a pagamentos efetuados a terceiros, de 2001 a 2005, sem identificação do correspondente documento comprobatório do serviço prestado ou material adquirido".

"Esta representação é de teor praticamente idêntico ao que já foi feito em 2006 por uma comissão de cooperados e que motivou ação civil pública da promotoria", declarou o advogado Pedro Dallari, da Bancoop. A ação resultou em acordo judicial entre o Ministério Público e a Bancoop. "O acordo vem sendo rigorosamente observado pela cooperativa", explicou Dallari.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFinançasFraudessetor-financeiroSindicatos

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor