O número de novas construções para fins residenciais nos Estados Unidos caiu 8,5% em junho, a maior redução desde fevereiro do ano passado, quando o indicador recuou 10,7%. O resultado contrariou a estimativa dos economistas, que esperavam um crescimento de 1,2%. O total de alvarás de construção emitidos também caiu, neste caso 8,2% (já havia diminuído 4,5% em maio). Em termos absolutos, 170,7 mil residências foram iniciadas, e 188,3 mil alvarás foram concedidos no mês passado.

A redução no número de edificações não abalou o otimismo dos construtores. Segundo uma pesquisa da Associação Nacional de Construtores de Casas, as empreiteiras projetam aumentos nas vendas em julho e para os próximos seis meses. Nos relatórios de maio, inclusive, registra-se o maior crescimento dos últimos 11 anos da demanda por imóveis novos. Os negócios com imóveis usados também bateram um recorde, com 2,6% de aumento.

Além dos bons resultados da economia americana na geração de empregos e crescimento da renda, analistas ouvidos pelo americano The Wall Street Journal desta terça-feira (20/7) afirmam que os compradores podem estar se antecipando a um aumento das taxas de juros das hipotecas, que já romperam o teto de 6% ao ano em meados do primeiro semestre.