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Construção vive melhor fase desde o Plano Real

Setor deve crescer pelo terceiro ano consecutivo - o melhor lançamento desde a estabilização da economia, há mais de dez anos

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h40.

A construção civil brasileira deve crescer cerca de 5% neste ano. Se o desempenho se confirmar, será o terceiro ano consecutivo de expansão do setor - algo só visto nos anos de 96, 97 e 98, quando a estabilização econômica deu fôlego a construtores e clientes. A afirmação é do Sindicado da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), que representa os construtores paulistas.

De janeiro a setembro, o Produto Interno Bruto do setor registrou alta de 5% sobre igual período do ano passado. Somente no último trimestre, o incremento foi de 5,5%. O sindicato também destacou a forte geração de empregos neste ano. Até setembro, o contingente ocupado subiu 9,5%, para 1,539 milhão de trabalhadores formais. Somente o segmento de edificações, responsável por 60% dos postos de trabalho, elevou sua mão-de-obra em 6,3% em nove meses.

Segundo o Sinduscon-SP, o principal estímulo para o setor, neste ano, foi a maior oferta de créditos públicos e privados para a produção e venda de imóveis. Somente a Poupança deve encerrar 2006 com 9,2 bilhões de reais aplicados no financiamento de 120 000 unidades habitacionais. Em outro segmento, o de baixa renda, que conta com fontes de recursos diversas, como o FGTS, foram destinados 7,1 bilhões de reais até outubro.

O otimismo estende-se também para 2007. De acordo com o sindicato, caso o PIB brasileiro cresça 3,5%, como prevê o mercado, a construção civil terá condições de avançar 4,9%. Se isto ocorrer, será a melhor fase do setor desde o lançamento do Plano Real, pois consolidará um período de quatro anos consecutivos de resultado positivo.

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