Economia

Construção civil fecha 465 mil postos de trabalho em 1 ano

“O número de vagas fechadas na indústria da construção desde 2014 deverá ultrapassar 1,1 milhão até o fim de 2016" ressaltou o presidente do Sinduscon


	Construção: apesar da gravidade da situação, presidente da Sinduscon disse acreditar que a recuperação é possível se forem tomadas medidas que melhorem o cenário atual
 (Justin Sullivan/AFP)

Construção: apesar da gravidade da situação, presidente da Sinduscon disse acreditar que a recuperação é possível se forem tomadas medidas que melhorem o cenário atual (Justin Sullivan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2016 às 17h48.

Em 12 meses, a construção civil brasileira fechou 465 mil postos de trabalho, segundo levantamento divulgado hoje (16) pelo  Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP).

No primeiro semestre de 2016, o setor acumula a perda de 139,1 mil vagas, sendo 33 mil em junho (-1,18%). O ramo emprega atualmente 2,76 milhões de trabalhadores.

De acordo com o presidente do Sinduscon,  José Romeu Ferraz Neto, o nível de emprego da indústria da construção retornou aos patamares registrados em 2009.

“O número de vagas fechadas na indústria da construção desde 2014 deverá ultrapassar 1,1 milhão até o fim de 2016. Isso representa 30% do total de trabalhadores que o setor chegou a empregar antes da crise”, ressaltou.

Apesar da gravidade da situação, Ferraz disse acreditar que a recuperação é possível se forem tomadas medidas que melhorem o cenário atual.

“O setor voltará a empregar rapidamente se medidas urgentes destinadas à expansão da infraestrutura e à contratação de habitação popular forem tomadas, junto com o lançamento de novas concessões e Parcerias Público-Privadas. Esse esforço precisa envolver tanto a União quanto estados e municípios”, acrescentou.

Em junho, a região que teve a maior redução percentual no número de postos de trabalho foi a Nordeste (-1,51%), com a perda de 8,6 mil vagas.

No Sudeste foram fechadas 20,9 mil colocações, uma retração de -1,48%. Em São Paulo foram cortados 9,8 mil postos, uma queda de -1,32% no nível de emprego.

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