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Conheça os melhores e os piores portos do Brasil

Estudo do Coppead aponta os principais problemas em cada porto

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h40.

O mais recente diagnóstico sobre os principais portos do Brasil, elaborado pela equipe do Centro de Estudos em Logística do Instituto de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CEL/Coppead/UFRJ), não é nada animador. O levantamento, coordenado pelo professor Paulo Fernando Fleury, apontou as principais deficiências e dificuldades de cada porto, na avaliação dos usuários.

De acordo com o estudo, o porto mais bem avaliado do país é o terminal marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão. Numa escala de 0 a 10, Ponta da Madeira, que é operada pela Companhia Vale do Rio Doce, recebeu nota 9,3. Afinal, é o único no país que possui calado profundo o bastante - entre 21 e 23 metros - para receber e carregar o maior graneleiro do mundo, Berge Stahl, de bandeira norueguesa, com capacidade para transportar quase 365 000 toneladas.

No outro extremo, um dos portos menos bem avaliados pelos usuários é o de Santos. O maior porto da América Latina, responsável por 26% do comércio exterior do Brasil, recebeu nota 5,7 dos usuários. O calado de Santos tem entre 12 e 14 metros de profundidade.

A seguir, veja os principais números do estudo do CEL/Coppead:

Os portos com melhor avaliação

Nota média, de 0 a 10

  1. Ponta da Madeira (MA) - 9,3
  2. Tubarão (ES) - 9,0
  3. Suape (PE) - 8,3
  4. Angra dos Reis (RJ) - 7,8
  5. São Sebastião (SP) - 7,5

Os portos com pior avaliação

Nota média, de 0 a 10

  1. Salvador (BA) - 5,1
  2. Vitória (ES) - 5,4
  3. Fortaleza (CE) - 5,7
  4. Santos (SP) - 5,7
  5. Rio de Janeiro (RJ) - 6,1

Os principais problemas dos portos brasileiros

Na opinião de embarcadores

  1. Acesso rodoviário - 53%
  2. Infra-estrutura/armazenagem - 51%
  3. Porto saturado - 51%
  4. Calado - 43%
  5. Acesso ferroviário - 36%
  6. Equipamentos - 28%
  7. Tecnologia da informação - 25%

Os principais problemas em cada porto

Opinião dos embarcadores (% de usuários que citaram cada problema)

Angra dos Reis (RJ)

Calado - 67%

Aratu (BA)

Janela de atracação de navios - 83%

Fortaleza (CE)

Acesso rodoviário - 67%

Calado - 67%

Infra-estrutura de armazenagem - 67%

Problemas com avarias - 67%

Tarifa - 67%

Equipamentos - 67%

Imbituba (SC)

Baixa freqüência de navios - 100%

Itajaí (SC)

Porto saturado - 79%

Paranaguá (PR)

Janela atracação de navios - 75%

Ponta da Madeira (MA)

Acesso ferroviário - 67%

Gastos com demurrage - 67%

Praia Mole (ES)

Infra-estrutura de armazenagem - 100%

Mão-de-obra - 100%

Tecnologia de informação - 100%

Rio de Janeiro (RJ)

Acesso rodoviário - 64%

Rio Grande (RS)

Janela de atracação de navios - 78%

Salvador (BA)

Acesso rodoviário - 76%

Santos (SP)

Porto saturado - 72%

São Francisco do Sul (SC)

Acesso rodoviário - 65%

São Sebastião (SP)

Infra-estrutura de armazenagem - 75%

Sepetiba (RJ)

Acesso rodoviário - 60%

Indisponibilidade de rotas de navios - 60%

Suape (PE)

Baixa freqüência de navios - 50%

Janela de atracação de navios - 50%

Tubarão (ES)

Equipamentos - 50%

Porto saturado - 50%

Vitória (ES)

Acesso rodoviário - 88%

Infra-estrutura de armazenagem - 88%

Os portos brasileiros que devem ter prioridade para receber investimentos

Na opinião de armadores e agentes

  1. Santos (SP) - 66,7%
  2. Rio de Janeiro (RJ) - 50%
  3. Rio Grande (RS) - 50%
  4. Itajaí (SC) - 33%
  5. Paranaguá (PR) - 33%
  6. São Francisco do Sul - 33%
  7. Itaqui (MA) - 17%
  8. Sepetiba (RJ) - 17%
Fonte: Pesquisa CEL/Coppead 2007
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