Agência de notícias
Publicado em 2 de maio de 2024 às 11h16.
"O aumento da confiança empresarial em abril ocorre de maneira heterogênea, com elevações no comércio e indústria e quedas em serviços e construção. Destaca-se o aumento significativo de 5,1 pontos na confiança do comércio, impulsionado por uma melhora expressiva nas percepções sobre a situação atual, tanto em segmentos mais relacionados a bens essenciais quanto em segmentos de compra eletiva, como o de móveis e eletrodomésticos", avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
E continou: "Com esse aumento, o nível de confiança do setor se aproximou dos demais, resultando na menor dispersão entre os índices de confiança dos quatro setores desde maio de 2015. O panorama neste início do segundo trimestre, assim como no primeiro, segue sendo de crescimento moderado do nível de atividade."
O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da indústria, serviços, comércio e construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) avançou 0,5 ponto em abril ante março, para 95,9 pontos, patamar mais elevado desde outubro de 2022. O Índice de Expectativas (IE-E) cresceu 0 6 ponto, para 95,7 pontos.
Entre as expectativas, a melhora foi puxada pela percepção sobre a demanda prevista nos três meses seguintes, em especial no comércio e na indústria, com alta de 1,0 ponto, para 95,6 pontos. O componente que mede o otimismo com o ambiente de negócios seis meses à frente aumentou 0,3 ponto, para 95,9 pontos.
Quanto ao momento presente, houve avanço de 0,6 ponto na percepção sobre a Demanda Atual e alta de 0,3 ponto na avaliação sobre a Situação Atual dos Negócios. Na passagem de março para abril, a confiança dos serviços encolheu 1,0 ponto, para 94,8 pontos; a do comércio aumentou 5,1 pontos, para 95,5 pontos; a da indústria cresceu 0,3 ponto, em 96,8 pontos; e a da construção encolheu 1,4 ponto, para 95,2 pontos.
"O setor de serviços volta a ocupar o posto de menor nível de confiança entre os quatro setores, um cenário que não ocorria desde março de 2021", apontou a FGV. Em abril, a confiança avançou em 47% dos 49 segmentos integrantes do ICE. "Houve um aumento da difusão de alta no setor de construção e queda no de serviços e do comércio", acrescentou a FGV. A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.850 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 25 de abril.