Confiança do consumidor piora com protestos e inflação
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 4,1% no mês, para 108,3 pontos, ante 103,6 pontos de maio de 2009
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2013 às 13h59.
Rio de Janeiro - A percepção da inflação alta e as manifestações nas ruas fizeram a confiança do consumidor despencar em julho, ante junho, para o menor nível desde maio de 2009, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 4,1% no mês, para 108,3 pontos, ante 103,6 pontos de maio de 2009. A variação da queda foi a maior em 23 meses.
Viviane Seda Bitencourt, coordenadora da sondagem de expectativa do consumidor, destacou que está ocorrendo um descolamento entre os indicadores econômicos feitos por especialistas e a percepção da população.
Ela citou, por exemplo, maior preocupação dos consumidores com a inflação, mesmo que o índice oficial tenha começado a recuar. Outro exemplo é a preocupação com o emprego, que ainda está em patamar alto: o indicador do ICC que mede a percepção da situação atual do emprego despencou 15,3% em julho ante junho.
"Não só o aspecto econômico afeta a percepção do consumidor, mas também o psicológico. As manifestações têm um aspecto psicológico, captado pela pesquisa", disse.
O ICC se soma aos índices da FGV de confiança de serviço, comércio e construção, todos com piora das expectativas. A confederação Nacional da Indústria também aferiu queda de 4,9% na confiança do empresariado industrial de julho.
Segundo Viviane, há uma piora de percepção tanto da parte da oferta, com empresários mais pessimistas, quanto da demanda, com consumidores mais cautelosos, mesmo que a situação financeira da família tenha se mantido estável. "O consumo das famílias não está sendo mola propulsora da economia neste momento".
O pessimismo foi sentido principalmente nas faixas de renda mais baixa (renda familiar mensal até R$ 2,1 mil) e mais alta (acima de R$ 9,6 mil). "Pesou mais nas faixas dos extremos", disse Viviane.
O índice que mede a satisfação com a economia despencou 25,6% para famílias com renda até R$ 2,1 mil. Para todas as classes juntas, a queda foi de 9,7%. Segundo a especialista, houve uma migração da insatisfação das outras faixas de renda, que percebem mudanças na economia mais rapidamente, para a mais baixa neste mês.
Juros altos, inflação e mercado de trabalho estão entre os itens que pesam no resultado.
O quesito que mede o grau de satisfação dos consumidores em relação à situação econômica presente despencou 18,2%, para 67,8 pontos, o pior desde maio de 2009. "A situação financeira está muito incerta, reflete uma preocupação com o mercado de trabalho".
Rio de Janeiro - A percepção da inflação alta e as manifestações nas ruas fizeram a confiança do consumidor despencar em julho, ante junho, para o menor nível desde maio de 2009, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 4,1% no mês, para 108,3 pontos, ante 103,6 pontos de maio de 2009. A variação da queda foi a maior em 23 meses.
Viviane Seda Bitencourt, coordenadora da sondagem de expectativa do consumidor, destacou que está ocorrendo um descolamento entre os indicadores econômicos feitos por especialistas e a percepção da população.
Ela citou, por exemplo, maior preocupação dos consumidores com a inflação, mesmo que o índice oficial tenha começado a recuar. Outro exemplo é a preocupação com o emprego, que ainda está em patamar alto: o indicador do ICC que mede a percepção da situação atual do emprego despencou 15,3% em julho ante junho.
"Não só o aspecto econômico afeta a percepção do consumidor, mas também o psicológico. As manifestações têm um aspecto psicológico, captado pela pesquisa", disse.
O ICC se soma aos índices da FGV de confiança de serviço, comércio e construção, todos com piora das expectativas. A confederação Nacional da Indústria também aferiu queda de 4,9% na confiança do empresariado industrial de julho.
Segundo Viviane, há uma piora de percepção tanto da parte da oferta, com empresários mais pessimistas, quanto da demanda, com consumidores mais cautelosos, mesmo que a situação financeira da família tenha se mantido estável. "O consumo das famílias não está sendo mola propulsora da economia neste momento".
O pessimismo foi sentido principalmente nas faixas de renda mais baixa (renda familiar mensal até R$ 2,1 mil) e mais alta (acima de R$ 9,6 mil). "Pesou mais nas faixas dos extremos", disse Viviane.
O índice que mede a satisfação com a economia despencou 25,6% para famílias com renda até R$ 2,1 mil. Para todas as classes juntas, a queda foi de 9,7%. Segundo a especialista, houve uma migração da insatisfação das outras faixas de renda, que percebem mudanças na economia mais rapidamente, para a mais baixa neste mês.
Juros altos, inflação e mercado de trabalho estão entre os itens que pesam no resultado.
O quesito que mede o grau de satisfação dos consumidores em relação à situação econômica presente despencou 18,2%, para 67,8 pontos, o pior desde maio de 2009. "A situação financeira está muito incerta, reflete uma preocupação com o mercado de trabalho".