Economia

Confiança do consumidor diminui em agosto, diz CNI

Índice retornou ao mesmo patamar de abril de 2010

O endividamento é uma das causas para a queda da confiança dos consumidores (Arquivo/Stock.XCHNG)

O endividamento é uma das causas para a queda da confiança dos consumidores (Arquivo/Stock.XCHNG)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2011 às 13h18.

Brasília - O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), marcou 112 pontos em agosto. Em julho, o INEC havia registrado 113,2 pontos. Em agosto do ano passado, o índice chegava a 119,3 pontos. Os números foram divulgados hoje pela CNI. Com o recuo ante julho, a confiança do consumidor volta a situar-se no patamar de abril de 2010, segundo a confederação.

A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 15 de agosto a partir de pesquisa de opinião pública realizada pelo Ibope com 2.002 pessoas em todo o Brasil.

O estudo avalia percepções a respeito da expectativa de inflação, expectativa de desemprego, expectativa de renda pessoal, situação financeira, endividamento e compras de bens de maior valor. Segundo a CNI, a queda na confiança em relação ao mesmo mês de 2010 ocorreu em todos os indicadores do INEC. O trabalho considera o índice médio de 2001, com 100 pontos.

A queda no índice de confiança, no entanto, já era aguardada. De acordo com o economista Marcelo Azevedo, da CNI, a confiança dos brasileiros no ano passado ficou muito elevada por causa da recuperação da economia brasileira depois da crise internacional de 2008. "Alguns meses do ano passado, como o de agosto, registraram forte alta nas expectativas. Por isso, o forte recuo no INEC neste mês é natural", afirma Azevedo.

De acordo com a CNI, os destaques foram o maior pessimismo quanto à evolução futura da inflação e do desemprego. Este mês, parcela de 69% dos consultados considerou que a inflação "vai aumentar muito" ou "vai aumentar". Em julho, esse porcentual era de 61%.

Sobre a expectativa de desemprego apurada este mês, 42% disseram que "vai aumentar muito" ou "vai aumentar". "Hoje as pessoas ainda acreditam que haverá crescimento nas vagas de trabalho, mas não esperam o crescimento elevado como em 2010", explica Azevedo.

Acompanhe tudo sobre:CNI – Confederação Nacional da IndústriaConfiançaNível de confiança

Mais de Economia

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor

Opinião: nem as SAFs escapam da reforma tributária