Economia

Confiança do consumidor atinge em abril pior nível da série

A pesquisa existe há 11 anos, desde abril de 2005, e mede a confiança e segurança do brasileiro quanto a sua situação financeira


	Consumidor: "O brasileiro está abalado com o que está acontecendo no País"
 (Lam Yik Fei/Bloomberg)

Consumidor: "O brasileiro está abalado com o que está acontecendo no País" (Lam Yik Fei/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2016 às 17h35.

São Paulo - O Índice Nacional de Confiança (INC), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), atingiu em abril o nível mais baixo da série histórica: 64 pontos, queda de 9 pontos em relação a março (73).

A pesquisa existe há 11 anos, desde abril de 2005, e mede a confiança e segurança do brasileiro quanto a sua situação financeira, bem como a percepção sobre a economia e seu comportamento no mercado consumidor.

Em abril do ano passado, a confiança chegava a 103 pontos. Como o índice varia de 0 a 200, resultados entre 100 e 200 indicam otimismo, enquanto aqueles abaixo de 100 apontam pessimismo.

"O brasileiro está abalado com o que está acontecendo no País. Com a chegada de um novo governo, as incertezas do consumidor podem diminuir. Aliás, o grande desafio da nova equipe econômica será justamente recuperar o otimismo da população e aproveitar a queda da inflação para, no momento adequado, iniciar a redução da taxa de juros", analisa Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), em nota divulgada à imprensa.

A confiança do consumidor paulista acompanhou a queda nacional: de 57 pontos em março, passou para 48 pontos em abril. Há um ano, já havia pessimismo no Estado, com seu INC sinalizando 89 pontos.

A pesquisa apontou que 51% dos brasileiros definem a própria situação financeira como "ruim", mesmo porcentual do mês de março. Já 37% acreditam que a situação financeira vai piorar nos próximos seis meses, ante 34% do mês anterior. Há um ano, eram 38%.

A sensação de segurança no emprego, em um período de um ano, caiu mais da metade. Em abril, apenas 13% dos brasileiros dizem se sentir seguros em seus empregos, ante 28% há um ano.

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