EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h27.
Os domicílios com computador no Brasil alcançaram 10,4 milhões até setembro, segundo pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O levantamento, que foi realizado no terceiro trimestre, constatou que 19,6% das residências do país possuem computador. Na pesquisa do ano passado, o percentual era de 16,9%.Segundo o conselheiro do CGI.br Rogério Santanna, a principal justificativa entre aqueles que não possuem computador ou acesso à internet é o custo elevado dos equipamentos e das despesas com provedores. "Quanto maior o poder aquisitivo e o grau de instrução, maior é o acesso à rede", diz Santanna.
O número de computadores residenciais com acesso à internet teve um crescimento tímido no último ano, com uma alta de 1,5 ponto percentual em relação aos 13% registrados em 2005. O tipo predominante de conexão nos domicílios é o discado (49,06%), enquanto a banda larga está presente em 28,64% das residências pesquisadas.
Com relação ao uso cotidiano da internet, 27,8% da população brasileira teve acesso nos últimos três meses. Desses, 43,5% acessaram de sua residência e 25,4% o fizeram a partir de centros públicos de acesso pago, como as LAN houses. Dos usuários, 82% declaram fazer uso da rede para a comunicação, 81% para busca de informações, e 71% para lazer. Os serviços bancários online são utilizados apenas por 18%.
Para Santanna, a difusão dos computadores e da internet entre os brasileiros deve melhorar com o crescimento do ensino de informática nas escolas públicas e os centros de acesso público gratuitos. Hoje, no país, existem mais de 16.900 instituições desse gênero. O CGI.br também destaca o Programa Cidadão Conectado, que incentivou a produção nacional de PCs populares a baixo custo e financiamentos para a população de classe C. A instituição planeja aumentar ainda mais a oferta desse tipo de computador e afirma a necessidade de facilitar o acesso à internet. "A banda larga é uma das estruturas de maior importância para o desenvolvimento do país e é um projeto estratégico, pois permitirá a redução dos custos do governo com a desmaterialização dos serviços", afirma Santanna.