Economia

Como a economia brasileira pode ultrapassar a japonesa?

Mercado consumidor e baixo custo de produção devem auxiliar a ultrapassagem, segundo estudo da PWC


	Bandeira japonesano topo do prédio do Banco Central do Japão: expectativa da PWC para as economias emergentes é que elas tendem a crescer 4% ao ano ou mais, enquanto para as avançadas a taxa é de 2% ou menos
 (Yuriko Nakao/Reuters)

Bandeira japonesano topo do prédio do Banco Central do Japão: expectativa da PWC para as economias emergentes é que elas tendem a crescer 4% ao ano ou mais, enquanto para as avançadas a taxa é de 2% ou menos (Yuriko Nakao/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 06h00.

São Paulo – A economia brasileira pode ultrapassar a japonesa (em paridade poder de compra) e ocupar o 4º lugar mundial até 2050, segundo o estudo “World in 2050 - The BRICs and Beyond: Prospects, challenges and opportunities” (O mundo em 2050 - Os Brics e além: perspectivas, desafios e oportunidades), elaborado pela PwC. O material aponta alguns motivos que explicam como isso pode acontecer. 

Enquanto economias avançadas – como o Japão, a Rússia e a Alemanha, os países que, hoje, separam o Brasil da 4ª posição– vão enfrentar crescimento populacional negativo no período que antecede 2050, o Brasil - assim como China a Índia – terá um grande mercado consumidor e terá baixo custo de produção, segundo a PWC. 

Segundo o estudo, o Brasil está entre as nações cujo mercado consumidor vai se tornar mais importante em decorrência do aumento dos salários e, possivelmente, da apreciação das taxas de câmbio reais, segundo o estudo da PWC. O Investimento como porcentagem do PIB no Japão é de 30% em 2012 – e deve cair para 25% em 2050, segundo o estudo. No Brasil, a taxa deve se manter em 19%. 

A previsão do estudo é que a economia mundial cresça a uma taxa média de 3% por ano de 2011 a 2050 – dobrando de tamanho em 2032 e quase dobrando de tamanho de novo em 2050.

A expectativa para as economias emergentes é de que elas tendem a crescer 4% ao ano ou mais, enquanto para as avançadas a taxa é de 2% ou menos. “Vamos continuar vivendo em um mundo com duas velocidades de economia por algumas décadas”, afirma a pesquisa. 

Atualmente, o Brasil é a sétima economia do mundo, segundo a PWC, com um PIB PPC de 2,305 trilhões de dólares. Para chegar à quarta posição, o país precisa ultrapassar a Rússia, a Alemanha e o Japão. A pesquisa da PWC projeta que, em 2030, o Brasil já teria passado PIB paridade poder de compra da Alemanha.

Em 2050, o PIB paridade poder de compra brasileiro pode ser de 8,825 trilhões de dólares, o que já seria suficiente para ultrapassar as economias japonesa e russa (PIBs PPP de 8,065 trilhões de dólares e de 8,013 trilhões de dólares, respectivamente), segundo estudo da PWC. Atualmente, o PIB PPC brasileiro é de 2,305 trilhões de dólares e o japonês chega a 4,381 trilhões de dólares. 

Acompanhe tudo sobre:Ásiaeconomia-brasileiraIndicadores econômicosJapãoPaíses ricosPIB

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação