Exportações: o Brasil manteve-se como o principal parceiro econômico da China, com trocas comerciais bilaterais de US$ 34,24 bilhões até junho, uma queda de 19,27% em relação ao mesmo período do ano passado (Arquivo)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2015 às 14h12.
As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa caíram 25,62% no primeiro semestre de 2015, fixando-se em US$ 48,11 bilhões, segundo informações oficiais.
Dados dos Serviços de Alfândega da China, publicados no site do Fórum Macau, mostram que, entre janeiro e junho, a China comprou dos países de língua portuguesa bens avaliados em US$ 28,57 bilhões, o que representa queda de 35%.
O país asiático teve queda de 4,53% nas exportações para os integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O Brasil manteve-se como o principal parceiro econômico da China, com trocas comerciais bilaterais de US$ 34,24 bilhões até junho, uma queda de 19,27% em relação ao mesmo período do ano passado.
As exportações da China para o Brasil atingiram US$ 14,92 bilhões, representando queda de 7,99%. As importações somaram US$ 19,32 bilhões, com queda de 26,24%.
Com Angola, o segundo parceiro chinês nos países lusófonos, as trocas comerciais foram US$ 10,42 bilhões até junho - queda de 45,24%.
Pequim vendeu para Luanda produtos avaliados em US$ 2,14 bilhões, um aumento de 2,77%. Po outro lado, comprou US$ 8,28 bilhões em mercadorias, ou seja, menos da metade se comparado ao mesmo período do ano passado (-51,16%).
Com Portugal, o terceiro parceiro da China entre países de língua portuguesa, o comércio bilateral chegou a US$ 2,15 bilhões, com queda de 5,89% em uma balança comercial favorável a Pequim, que vendeu US$ 1,41 bilhão – menos 4,14% – e comprou produtos avaliados em US$ 731 milhões, ou seja, menos 9,12%.
Só em junho, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa chegaram a US$ 9,79 bilhões, subindo 13,47% em relação ao mês anterior.
Os dados divulgados incluem São Tomé e Príncipe, apesar de o país manter relações diplomáticas com Taiwan e não participar diretamente do Fórum Macau.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial como a sua plataforma para o reforço da cooperação econômica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau.
Um despacho do chefe do Executivo de Macau, Fernando Chui Sai On, publicado segunda-feira (10), prorrogou o funcionamento do Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa até 3 de março de 2019.