Brasília - O Brasil registrou abertura de 25.363 vagas formais de trabalho no mês passado, no pior resultado para meses de junho desde 1998, e que levou o governo a reduzir fortemente sua previsão de geração de postos neste ano.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e ficaram muito aquém do esperado, com elevadas demissões no mês passado de trabalhadores nos setores da indústria, construção civil e no comércio.
Pesquisa da Reuters feita com analistas de mercado mostrou que a mediana das expectativas era de abertura de 82 mil vagas em junho.
Em maio, haviam sido criados 58.836 postos com carteira assinada, sem ajustes. O resultado do mês passado foi o pior para junho desde 1998, quando haviam sido abertos 18.097 postos, sem ajustes.
Diante desse cenário, o ministério reduziu para 1 milhão a previsão de geração líquida de emprego para este ano, abaixo da projeção anterior de contratação entre 1,4 milhão e 1,5 milhão de pessoas em 2014.
Segundo o ministro do Trabalho, Manoel Dias, essa mudança veio em função dos resultados vistos até agora.
O mercado de trabalho --uma das âncoras do governo da presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição neste ano-- tem mostrado sinais de deterioração diante da economia fraca, sem sinal de crescimento consistente e com a confiança dos agentes econômicos em baixa.
No acumulado do primeiro semestre deste ano, segundo o Caged, o mercado formal de trabalho registrou a contratação líquida de 493.118 pessoas, sem ajuste.
Considerando o dado com ajuste, entre janeiro e junho as contratações somaram 588.671 trabalhadores, pior resultado para o período desde 2009, auge da crise internacional, quando as contratações foram de 397.936.
Em 2013, o mercado de trabalho registrou a oferta líquida de 730.687 vagas no dado sem ajuste, no pior desempenho em dez anos. Considerando os dados com ajuste as contratações somaram 1,128 milhão.
Junho
O dado ruim de junho foi impactado por elevadas demissões nos principais setores da economia, informou o Caged.
A indústria da transformação registrou demissão líquida de 28.553 trabalhadores, a construção civil teve desligamento líquido de 12.401 operários e comércio dispensou 7.070 trabalhadores.
O que impediu um resultado mais desastroso foram as contratações líquidas de 40.818 pessoas na agricultura e de 31.143 trabalhadores no setor serviços, apesar de terem perdido fôlego se comparado com o mês anterior.
"Esperava mais contratações, não existia indicativo desse resultado. O causador da redução foi a indústria, com demissão líquida em todos os segmentos do setor", disse Dias.
Depois de crescer 2,5 por cento em 2013, as projeções de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano rondam 1 por cento, ao mesmo tempo em que a inflação continua elevada.
Na última pesquisa Focus feita pelo Banco Central, economistas previram que a inflação encerrará 2014 em 6,48 por cento, enquanto o crescimento deverá ficar em 1,05 por cento.
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1. Mais difícieis do que parecem
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1/13 (Montagem sobre fotos de Germano Lüders e Getty Images)
São Paulo – Nem sempre a reputação de uma
profissão corresponde à realidade percebida por quem a exerce de fato. Muitas vezes a imagem que as pessoas têm de determinada atividade ou função é bem diferente do dia a dia do profissional, levando em conta
salário, ambiente de trabalho, nível de
estresse e perspectivas de mercado. De acordo com uma pesquisa realizada pelo site de empregos americano CareerCast, a
carreira de um executivo de contas na área de publicidade é a mais supervalorizada por quem está de fora. Ou seja, as condições de trabalho não acompanham a reputação que a atividade invoca. Com cirurgiões e corretores da bolsa de valores acontece a mesma coisa, segundo o estudo. Confira quais as 12 carreiras mais superestimadas e também os salários médios anuais e as perspectivas de mercado nos Estados Unidos:
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2. 1. Executivo de contas (publicidade)
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2/13 (PhotoRack)
O nível de rotatividade alto, por conta da competitividade e do nível de exigência para a função, colocam a carreira de um executivo de contas na área de publicidade no topo da lista. O estresse prejudica os profissionais , indica a pesquisa. Salário médio anual nos EUA: 66.913 dólares
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3. 2. Cirurgião
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3/13 (Heudes Regis /Veja São Paulo)
O treinamento e qualificação necessários para ser um cirurgião e a atividade em si fazem com que os cirurgiões enfrentem altos níveis de estresse. O salário pode ser alto, mas para chegar até a posição o profissional terá que se dedicar muitos anos. Salário médio anual nos EUA: 166.400 dólares
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4. 3. Corretor da bolsa de valores
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4/13 (Getty Images)
A volatilidade do mercado de capitais é um fator estressante para quem precisa enfrentar os altos e baixos da bolsa todos os dias. Segundo o CarerrCast é mais fácil perder dinheiro do que ganhar e isso coloca a atividade na terceira posição da lista. Salário médio anual nos EUA: 72.060 dólares
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5. 4. Gerente de relações públicas
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5/13 (Getty Images)
A pressão da imprensa e dos clientes torna a realidade dos gerentes de relações públicas bem pouco glamurosa e bem mais estressante do que parece. Salário médio anual nos EUA: 95.450 dólares
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6. 5. Executivo sênior
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6/13 (Getty Images)
A responsabilidade das decisões tomadas, as longas jornadas de trabalho e a alta exigência para exercer a função pesam na carreira dos executivos do alto escalão corporativo. Muitas vezes o ônus é maior do que o bônus. Salário médio anual nos EUA: 168.140 dólares
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7. 6. Organizador de eventos
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7/13 (Getty Images)
A recompensa, muitas vezes, não vale a dor de cabeça que um produtor de eventos tem para que na hora do show tudo corra bem. Além disso, o profissional sofre com críticas antes, durante e depois do evento, destaca o CareerCast. Salário médio anual: 45.810 dólares
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8. 7. Arquiteto
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8/13 (Getty Images)
A bolha imobiliária nos Estados Unidos fez diminuir as perspectivas de mercado para os arquitetos no país. Por isso a atual realidade da profissão não condiz com a imagem que ainda se faz dela por lá. Salário médio anual nos EUA: 73.090 dólares
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9. 8. Piloto da aviação comercial
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9/13 (Bloomberg)
A possibilidade de conhecer o mundo e viver nas alturas faz com que esta seja a profissão dos sonhos de muitas crianças. Mas a realidade de um piloto de aviação comercial é bem menos interessante do que muita gente pensa. Horários malucos, carga de trabalho pesada, muito tempo longe de casa são alguns dos problemas. O site CarrerCast também destaca a estagnação do mercado para os pilotos nos Estados Unidos. Salário médio anual: 114.200 dólares
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10. 9. Advogado
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10/13 (.)
A falta de perspectivas de mercado para advogados nos Estados Unidos é citada pelo CareerCast para incluir a carreira na lista. Salário médio anual nos EUA: 113.530 dólares
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11. 10. Programador
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11/13 (Kacper Pempel/Reuters)
Se as carreiras no setor de tecnologia da informação estão em alta, a exceção fica por conta dos programadores. O site CareerCast revela que o fato de muitas empresas optarem com contratar programadores em outros países e apostarem no trabalho remoto tem sido cruel para os profissionais locais. Salário médio anual: 74.280 dólares
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12. 11. Economista
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12/13 (Ken Funakoshi/Flickr/Creative Commons)
É uma ótima carreira se o profissional conseguir um emprego, destaca o CareerCast. Isso porque a perspectiva de contratação nos Estados Unidos é baixa para os economistas, embora o salário seja alto. Salário médio nos EUA: 91.860
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13. Aproveite e veja as condições de 48 carreiras no Brasil
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13/13 (Getty Images)