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Com balança pior, BC vê maior rombo nas transações correntes

Brasil terá déficit em transações correntes ainda maior neste ano, após fechar fevereiro com rombo recorde

Sede do Banco Central em Brasília: BC piorou sua projeção para o déficit em transações correntes em 2 bilhões de dólares, a 80 bilhões de dólares (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 14h09.

Brasília - Com a balança comercial cada vez mais fraca, o Brasil terá déficit em transações correntes ainda maior neste ano, após fechar fevereiro com rombo recorde, sem que os investimentos produtivos sejam suficientes para financiá-lo.

No mês passado, a conta corrente do país fechou com saldo negativo de 7,445 bilhões de dólares, enquanto o Investimento Estrangeiro Direto (IED) somou 4,132 bilhões de dólares, informou o Banco Central nesta segunda-feira.

Para o ano fechado, o BC piorou sua projeção para o déficit em transações correntes em 2 bilhões de dólares, a 80 bilhões de dólares, ao mesmo tempo em que manteve suas contas para o IED em 63 bilhões de dólares.

"Não é uma situação confortável se levarmos em conta que o quadro de liquidez abundante e farta oferta de financiamento está sendo alterado por mudanças nos Estados Unidos", disse o economista-chefe da SulAmérica Investimento, Newton Rosa, referindo-se à redução no programa de estímulos do Federal Reserve, que limita a liquidez nos mercados, e à expectativa de alta nos juros na maior economia do mundo.

O resultado do mês passado veio praticamente em linha com as expectativas de economistas ouvidos pela Reuters, de saldo negativo da conta corrente de 8 bilhões de dólares e IED de 3,8 bilhões de dólares.

Para março, o BC estima déficit de 5,8 bilhões de dólares e IED de apenas 3,2 bilhões de dólares, em mais um sinal de deterioração das contas externas no país.

A autoridade monetária está vendo a balança comercial com pior resultado neste ano, com superávit de 8 bilhões de dólares, abaixo dos 10 bilhões de dólares calculados antes. Neste caso, as contas para as exportações passaram a 253 bilhões de dólares neste ano, ante previsão de 255 bilhões de dólares, devido a preços menores no mercado externo das commodities agrícolas e minerais.

No mês passado, a conta corrente brasileira também foi impactada pela balança comercial, com déficit de 2,125 bilhões de dólares, após registrar saldo negativo de pouco mais de 4 bilhões de dólares em janeiro.

Também pesaram negativamente as remessas de lucros e dividendos, que alcançaram 1,286 bilhão de dólares em fevereiro, e os gastos líquidos com viagens internacionais, de 1,324 bilhão de dólares.

"Os indicadores externos são robustos e mostram solidez das contas externas", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, em referência ao ingresso de IED e às taxas de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos, que em fevereiro ficaram em 140 por cento.

No acumulado do ano, o déficit em transações correntes do país somou 19,036 bilhões de dólares e, em fevereiro, correspondeu a 3,67 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 12 meses.

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Brasília - Com a balança comercial cada vez mais fraca, o Brasil terá déficit em transações correntes ainda maior neste ano, após fechar fevereiro com rombo recorde, sem que os investimentos produtivos sejam suficientes para financiá-lo.

No mês passado, a conta corrente do país fechou com saldo negativo de 7,445 bilhões de dólares, enquanto o Investimento Estrangeiro Direto (IED) somou 4,132 bilhões de dólares, informou o Banco Central nesta segunda-feira.

Para o ano fechado, o BC piorou sua projeção para o déficit em transações correntes em 2 bilhões de dólares, a 80 bilhões de dólares, ao mesmo tempo em que manteve suas contas para o IED em 63 bilhões de dólares.

"Não é uma situação confortável se levarmos em conta que o quadro de liquidez abundante e farta oferta de financiamento está sendo alterado por mudanças nos Estados Unidos", disse o economista-chefe da SulAmérica Investimento, Newton Rosa, referindo-se à redução no programa de estímulos do Federal Reserve, que limita a liquidez nos mercados, e à expectativa de alta nos juros na maior economia do mundo.

O resultado do mês passado veio praticamente em linha com as expectativas de economistas ouvidos pela Reuters, de saldo negativo da conta corrente de 8 bilhões de dólares e IED de 3,8 bilhões de dólares.

Para março, o BC estima déficit de 5,8 bilhões de dólares e IED de apenas 3,2 bilhões de dólares, em mais um sinal de deterioração das contas externas no país.

A autoridade monetária está vendo a balança comercial com pior resultado neste ano, com superávit de 8 bilhões de dólares, abaixo dos 10 bilhões de dólares calculados antes. Neste caso, as contas para as exportações passaram a 253 bilhões de dólares neste ano, ante previsão de 255 bilhões de dólares, devido a preços menores no mercado externo das commodities agrícolas e minerais.

No mês passado, a conta corrente brasileira também foi impactada pela balança comercial, com déficit de 2,125 bilhões de dólares, após registrar saldo negativo de pouco mais de 4 bilhões de dólares em janeiro.

Também pesaram negativamente as remessas de lucros e dividendos, que alcançaram 1,286 bilhão de dólares em fevereiro, e os gastos líquidos com viagens internacionais, de 1,324 bilhão de dólares.

"Os indicadores externos são robustos e mostram solidez das contas externas", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, em referência ao ingresso de IED e às taxas de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos, que em fevereiro ficaram em 140 por cento.

No acumulado do ano, o déficit em transações correntes do país somou 19,036 bilhões de dólares e, em fevereiro, correspondeu a 3,67 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 12 meses.

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