Economia

Colnago: Ritmo de crescimento do 1º tri possivelmente não se repetirá

Ministro do Planejamento, Esteves Colnago, disse que recuperação econômica perdeu força, mas governo manteve previsão de alta de 2,5% no PIB deste ano

Esteves Colnago: equipe econômica do governo Temer projeta expansão de 3% do PIB para 2019 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Esteves Colnago: equipe econômica do governo Temer projeta expansão de 3% do PIB para 2019 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 6 de junho de 2018 às 19h22.

Brasília - A recuperação da economia brasileira vinha ocorrendo em escala crescente no primeiro trimestre, mas o ritmo perdeu força e não se repetirá nos próximos trimestres, disse nesta quarta-feira o ministro do Planejamento, Esteves Colnago.

A economia brasileira acelerou ligeiramente no primeiro trimestre deste ano e cresceu 0,4 por cento ante os três meses anteriores, informou o IBGE. Mas os 11 dias de paralisação de caminhoneiros, com desabastecimento e perdas econômicas, deve reduzir a marcha da economia, segundo economistas.

Caso o ritmo do primeiro trimestre se repetisse, o Produto Interno Bruto (PIB) terminaria 2018 com expansão de 1,6 por cento, segundo cálculos da Reuters a partir dos números divulgados pelo IBGE.

Apesar da declaração do ministro, o governo não alterou a projeção oficial de crescimento da economia no Orçamento deste ano e mantém a previsão de 2,5 por cento. O número serve de referência tanto para estimativas de coleta de impostos e despesas obrigatórias do governo. Para 2019, a equipe econômica projeta expansão de 3 cento do PIB.

Colnago disse ainda que o governo continuará gerando déficits primários até 2021, data em que a relação da dívida bruta com o PIB atingirá 81,1 por cento, durante apresentação na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. Naquele ano, as despesas obrigatórias vão representar 98 por cento do Orçamento, acrescentou.

Segundo o ministro, a despesa primária tende a cair em relação ao PIB devido a imposições do chamado teto de gastos, que impede o governo de elevar os gastos públicos acima das despesas do ano anterior, atualizadas pela inflação. O teto permite a geração de superávits primários em seis ou sete anos, acrescentou o ministro.

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