Previsão da CNI é que indústria da transformação cresça 13% em 2010 (.)
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2010 às 13h28.
Brasília - Apesar de o índice de uso da capacidade instalada (UCI) divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (8) ter registrado queda de 0,5 ponto percentual em maio ante abril, o economista-chefe da entidade, Flávio Castelo Branco, avalia o resultado como sinônimo de estabilidade. "Junto com as indicações de retomada de crescimento do investimento, nós havia o porquê de uma alta constante deste indicador. A tendência é de estabilidade do UCI, como observamos em 2007 e na primeira metade de 2008", explica.
De acordo com Castelo Branco, a CNI prevê estabilidade do grau da capacidade ao passo que a produção e emprego já retornaram ao período pré-crise. "Podemos dizer que a indústria já chegou aos mesmos níveis de produção de 2008 e se tivéssemos continuado a crescer em 2008 e 2009 estaríamos num patamar muito superior hoje", ponderou o economista.
Após registro de queda da atividade industrial em abril, os indicadores dessazonalizados de faturamento e horas trabalhadas voltaram a crescer 2,1% e 1,0% respectivamente, em maio. As expectativas da confederação para os números de 2010 são otimistas. "Nós temos uma previsão de crescimento de 7,2% do Produto Interno Bruto e a indústria de transformação vai crescer 13%, que recupera a queda de 2009 e avança um pouco mais", disse Flávio Castelo Branco.
O economista-chefe da CNI diz que “o dinamismo da indústria agora depende da demanda do consumo familiar intenso, que contrabalanceia o ritmo baixo de exportações". Segundo ele, a economia global ainda não se recuperou dos períodos de turbulência.
Recorde de crescimento da massa salarial
A massa salarial real aumentou 7,4% em maio em relação ao mesmo período de 2009 - o ritmo de crescimento é recorde na série histórica, que teve início em janeiro de 2006. No acumulado do ano, a massa salarial subiu 4,6%, comparado com o mesmo período de 2009.
"Não estamos detectando pressões de custo de mão-de-obra, a expansão da massa salarial vem de forma moderada", explica o economista-chefe da CNI, Flávio Castelo Branco. Ele destaca que a subida da taxa se deu principalmente pelo aumento do número de vagas de emprego. "O indicador de emprego vem em crescimento contínuo há 10 meses, retomamos os números pré-crise neste índice."
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