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CNI: desaceleração industrial reduz cálculo de demanda

Variável da Sondagem Industrial que mede os planos para compras de matérias-primas piorou de março para abril

Indústria siderúrgica: acesso ao crédito para empresas está mais difícil (Kiko Ferrite/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2011 às 13h28.

Brasília - A desaceleração do ritmo de produção industrial no primeiro trimestre do ano tem se refletido em menos otimismo por parte dos empresários, de acordo com a Sondagem Industrial divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Após uma ligeira melhora em março, as perspectivas para os próximos seis meses em relação à demanda voltaram a piorar em abril, e chegaram a 61,7 pontos. O indicador estava em 62 pontos no mês anterior. Na escala, valores acima dos 50 pontos significam crescimento.

Da mesma forma, a variável que mede os planos para compras de matérias-primas também piorou na comparação mensal, passando de 59,1 pontos em março para 58,8 pontos em abril. Mais grave ainda foi o resultado para as expectativas de exportações, que passou de um patamar positivo de 51 pontos no mês passado para 49,1 pontos, indicando que os empresários esperam uma diminuição dos embarques nos próximos meses.

Apesar disso, os planos para a contratação de empregados na indústria voltaram a aumentar, passando de 54,1 pontos para 55,4 pontos. Em todos os indicadores, porém, o resultado de abril ficou aquém do obtido no mesmo período do ano passado.

Juros e crédito

Com o arrefecimento do ritmo de crescimento da indústria no primeiro trimestre do ano, problemas relacionados à baixa atividade econômica também voltaram a ter maior percepção por parte dos empresários. "Problemas relacionados a uma economia pouco aquecida ganharam importância, como falta de demanda, taxas de juros elevadas e alto custo da matéria-prima", afirmou o economista da CNI, Marcelo Souza Azevedo. "Além disso, o acesso ao crédito se tornou mais difícil e as empresas estão menos satisfeitas com situação econômica", completou.

Ainda assim, a elevada carga tributária e a competição acirrada no mercado continuaram a liderar o ranking de reclamações dos empresários no primeiro trimestre de 2011. Já a falta de mão de obra qualificada, um problema típico de uma economia em forte expansão, perdeu importância para as empresas de todos os portes.

Segundo o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, os resultados refletem uma tendência para a atividade no setor nos próximos meses, com crescimento bastante moderado. "Claramente a indústria vem perdendo ritmo, o que já vem acontecendo desde o segundo semestre do ano passado. Os estoques estão dentro do planejado e a atividade está abaixo do usual", afirmou. "Não se alterando esse quadro, tendência de atividade moderada deve se manter", avaliou.

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Brasília - A desaceleração do ritmo de produção industrial no primeiro trimestre do ano tem se refletido em menos otimismo por parte dos empresários, de acordo com a Sondagem Industrial divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Após uma ligeira melhora em março, as perspectivas para os próximos seis meses em relação à demanda voltaram a piorar em abril, e chegaram a 61,7 pontos. O indicador estava em 62 pontos no mês anterior. Na escala, valores acima dos 50 pontos significam crescimento.

Da mesma forma, a variável que mede os planos para compras de matérias-primas também piorou na comparação mensal, passando de 59,1 pontos em março para 58,8 pontos em abril. Mais grave ainda foi o resultado para as expectativas de exportações, que passou de um patamar positivo de 51 pontos no mês passado para 49,1 pontos, indicando que os empresários esperam uma diminuição dos embarques nos próximos meses.

Apesar disso, os planos para a contratação de empregados na indústria voltaram a aumentar, passando de 54,1 pontos para 55,4 pontos. Em todos os indicadores, porém, o resultado de abril ficou aquém do obtido no mesmo período do ano passado.

Juros e crédito

Com o arrefecimento do ritmo de crescimento da indústria no primeiro trimestre do ano, problemas relacionados à baixa atividade econômica também voltaram a ter maior percepção por parte dos empresários. "Problemas relacionados a uma economia pouco aquecida ganharam importância, como falta de demanda, taxas de juros elevadas e alto custo da matéria-prima", afirmou o economista da CNI, Marcelo Souza Azevedo. "Além disso, o acesso ao crédito se tornou mais difícil e as empresas estão menos satisfeitas com situação econômica", completou.

Ainda assim, a elevada carga tributária e a competição acirrada no mercado continuaram a liderar o ranking de reclamações dos empresários no primeiro trimestre de 2011. Já a falta de mão de obra qualificada, um problema típico de uma economia em forte expansão, perdeu importância para as empresas de todos os portes.

Segundo o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, os resultados refletem uma tendência para a atividade no setor nos próximos meses, com crescimento bastante moderado. "Claramente a indústria vem perdendo ritmo, o que já vem acontecendo desde o segundo semestre do ano passado. Os estoques estão dentro do planejado e a atividade está abaixo do usual", afirmou. "Não se alterando esse quadro, tendência de atividade moderada deve se manter", avaliou.

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