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CNI corta previsão de alta do PIB em 2006 para 2,9%

Projeção feita em abril era de expansão de 3,7%.

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h01.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2006, derrubando a projeção de 3,7% para 2,9%. De acordo com comunicado da organização, o corte foi motivado por questões como carga tributária excessiva, gastos públicos elevados e valorização do real.

Também foi reduzida a perspectiva para o PIB industrial. O esperado agora é que a riqueza produzida pela indústria tenha expansão de 3,5%, frente a uma projeção anterior de 5%.

"A carga tributária elevada é conseqüência de um padrão de gastos públicos que, ao aumentar continuadamente, limita o crescimento", afirmou a confederação em comunicado. "Compreender que esse é o fator maior que restringe o crescimento no Brasil é o passo mais importante para colocar o crescimento como prioridade."

A nota da CNI destaca ainda como inimigos do avanço da economia os altos juros, uma das causas, segundo a organização, do recuo de 2,2% da taxa de investimento registrado na comparação entre os segundo e primeiro trimestres. "O bom sinal é a baixa inflação  em patamar inferior à meta perseguida pelo Banco Central -, o que abre espaço para novas reduções de juros, expansão do crédito e, consequentemente, aumento da produção", declara a CNI.

Ainda segundo a organização, a baixa inflação estimulará os consumidores a comprar - a previsão é de que o consumo das famílias cresça 4,3% em 2006. As importações também devem ganhar impulso, a uma taxa estimada de 15,5% frente a 2005, enquanto as exportações devem crescer apenas 2,5% em volume, na opinião da CNI. "Por isso, o setor externo dará uma contribuição negativa, de 1,5 ponto percentual, na construção do PIB brasileiro neste ano", diz a organização.

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