Conselho Monetário nega que já tenha definido meta de inflação para 2021
Em nota conjunta, divulgada hoje (12), em Brasília, os membros do conselho afirmam que a discussão sobre a meta ainda será feita
Agência Brasil
Publicado em 12 de abril de 2018 às 10h44.
Última atualização em 12 de abril de 2018 às 10h59.
O Conselho Monetário Nacional ( CMN ) negou que a meta de inflação para 2021 já esteja definida. Em nota conjunta, divulgada hoje (12), em Brasília, os membros do conselho, formado pelos ministros do Planejamento, Esteves Colnago, e da Fazenda, Eduardo Guardia, e o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmam que a discussão sobre a meta ainda será feita.
"Os membros do Conselho Monetário Nacional (CMN) esclarecem que não é verdadeira a informação, divulgada por veículo da imprensa, de que a meta de inflação de 2021 já esteja definida. A discussão sobre a referida meta ainda não foi iniciada e, como é de conhecimento público, ela somente será definida e comunicada na reunião do CMN marcada para o dia 26 de junho", diz a nota.
Segundo matéria publicada hoje pelo jornal O Globo, o conselho já teria decidido fixar a meta de inflação de 2021 em 3,75%, por conta da inflação mais baixa, como mostra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março em 0,09%, o menor desde 1994 para o mês.
Margem de tolerância
A meta de 3,75% teria margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Isso representaria queda de 0,25 ponto percentual em relação ao número definido para 2020.
A meta de inflação para este ano, já definida pelo CMN, é de 4,5%. Para 2019, é de 4,25% e para 2020, 4%. Para o mercado financeiro, a inflação este ano deve ficar em 3,53% e, em 2019, em 4,09%.