Economia

Clima econômico na América Latina é o pior desde 2009

Brasil que é a segunda maior economia em termos de comércio, depois do México e registrou piora em todos os indicadores


	Trabalhadores na linha de produção da fábrica de suco de laranja: cenário econômico latino é o pior desde 2009
 (Marcos Issa/Bloomberg News)

Trabalhadores na linha de produção da fábrica de suco de laranja: cenário econômico latino é o pior desde 2009 (Marcos Issa/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2014 às 13h45.

Rio de Janeiro - O clima econômico na América Latina em julho é o pior desde 2009, segundo indicador de Clima Econômico da América Latina divulgado hoje (13) pela Fundação Getulio Vargas. O índice, que é feito em parceria com o instituo alemão Ifo, passou de 90 pontos em abril para 84 pontos em julho. Em julho de 2009, o índice registrou 90 pontos. De acordo com a pesquisadora da FGV Lia Valls, a principal contribuição para a queda veio da avaliação do momento atual, que caiu de 82 para 72 pontos.

O Brasil que é a segunda maior economia em termos de comércio, depois do México e registrou piora em todos os indicadores. "Temos visto uma acentuada piora do clima econômico desde o início do ano. A expectativa também caiu, mas menos", comentou Lia.

O subíndice que se refere às expectativas caiu de 98 para 96 pontos no mesmo período."Desde julho de 2013, o índice está em uma zona desfavorável, mas neste ano ele despencou", disse ela. "O que a sondagem mostra é que no curto prazo não haverá melhora desse indicador", declarou a pesquisadora.

A pontuação do Brasil no índice de clima econômico (55 pontos) é pior que a da Argentina (57 pontos) comentou ela ao ressaltar a crise financeira por que passa o país vizinho.

A maior pontuação de julho foi do Reino Unido que chegou a 147 pontos. No ranking dos últimos quatro trimestres o Brasil ficou em nono lugar.

O indicador de Clima Econômico na região caiu 7%, enquanto no agregado mundial houve aumento de 3%. A piora não é influenciada por questões externas mas doméstica, diz a pesquisadora. "Enquanto no restante do mundo a situação está melhorando, aqui tem piorado sistematicamente", comentou Lia.

O Brasil teve queda no Indicador de Clima Econômico (ICE) de 22% entre abril e julho. O ICE do México cresceu 4% neste período.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEmpresasFGV - Fundação Getúlio Vargas

Mais de Economia

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Lula afirma ter interesse em conversar com China sobre projeto Novas Rotas da Seda

Lula diz que ainda vai decidir nome de sucessor de Campos Neto para o BC

Mais na Exame