Exame Logo

Chuvas irregulares podem atrapalhar soja no Centro-Oeste

Em Mato Grosso, 27,4 por cento da área já foi semeada, segundo o mais recente levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea)

Colheita de soja na cidade de Tangará da Serra em Cuiabá: Mato Grosso é o principal Estado produtor de soja do país (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 16h30.

São Paulo - Chuvas irregulares previstas para a última semana de outubro e no início de novembro no Centro-Oeste podem atrapalhar o plantio da soja na região e o desenvolvimento das lavouras recém-plantadas, afirmaram meteorologistas nesta terça-feira.

As chuvas, que foram esparsas na região no final de setembro, chegaram a normalizar-se nos últimos dias, favorecendo a implementação das plantações.

Em Mato Grosso --principal Estado produtor de soja do país-- 27,4 por cento da área já foi semeada, segundo o mais recente levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

"Sumiu dos modelos a chuva da semana que vem e de novembro, para toda região centro-norte do Brasil: de Belo Horizonte para cima, norte de Minas Gerais; Bahia e Mapito como um todo, centro-norte de Goiás e centro-norte de Mato Grosso", disse o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar, citando modelos atualizados nesta terça-feira.

O presidente do Sindicato Rural de Sorriso, importante município produtor do Médio-Norte de Mato Grosso, relatou que o plantio da soja está na fase final em sua região. Chuvas são importantes para o desenvolvimento das plantas e para evitar ataques da lagarta conhecida como broca-do-colo.

"Com falta de chuva, ela sobe para a superfície e ataca a raiz de soja", disse Laércio Lenz, que nesta safra está plantando 850 hectares de soja.

Segundo ele, após um atraso de dez dias no início da safra, por falta de chuvas, o plantio foi acelerado nos últimos dias. "Este ano, a hora que começou, a chuva firmou."


O problema, dizem os meteorologistas, é que o tempo deve ser bem mais seco no Centro-Oeste a partir da próxima semana.

"Os modelos estão apontando uma 'secada' em Mato Grosso. Quem contar com essas chuvas para plantar, não vai poder", disse a meteorologista Aline Tochio, da Climatempo.

Ela ressaltou, no entanto, que não haverá falta generalizada de chuvas, mas irregularidade nas precipitações.

Os indicativos são de chuvas irregulares também no chamado Mapitoba, região de fronteira agrícola formada por Maranhão, Piauí, Tocantins e oeste da Bahia, disse Santos, da Somar.

"Para a Bahia, vai complicar mais ainda. Porque já teve gente que começou a plantar, mesmo com o solo ainda seco", disse ele.

O plantio na Bahia está apenas na fase inicial, com 1 por cento da área coberta, segundo o levantamento mais recente da consultoria AgRural.

Região Sul

As chuvas que não avançam para o coração do Centro-Oeste devem ficar "presas" no Sul e no Sudeste do país.

"É uma gangorra. Nos próximos dez dias a chuva é toda aqui", disse a meteorologista Estael Sias, da MetSul, que monitora o clima no Rio Grande do Sul.

As precipitações podem atrasar a colheita gaúcha de trigo e eventualmente apertar a janela para o plantio da soja, lembra Estael.

No Paraná --segundo maior produtor de soja-- a área plantada chega a 34 por cento, segundo o Departamento de Economia Rural, e não há preocupação quanto ao volume de chuvas, disseram os meteorologistas.

Veja também

São Paulo - Chuvas irregulares previstas para a última semana de outubro e no início de novembro no Centro-Oeste podem atrapalhar o plantio da soja na região e o desenvolvimento das lavouras recém-plantadas, afirmaram meteorologistas nesta terça-feira.

As chuvas, que foram esparsas na região no final de setembro, chegaram a normalizar-se nos últimos dias, favorecendo a implementação das plantações.

Em Mato Grosso --principal Estado produtor de soja do país-- 27,4 por cento da área já foi semeada, segundo o mais recente levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

"Sumiu dos modelos a chuva da semana que vem e de novembro, para toda região centro-norte do Brasil: de Belo Horizonte para cima, norte de Minas Gerais; Bahia e Mapito como um todo, centro-norte de Goiás e centro-norte de Mato Grosso", disse o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar, citando modelos atualizados nesta terça-feira.

O presidente do Sindicato Rural de Sorriso, importante município produtor do Médio-Norte de Mato Grosso, relatou que o plantio da soja está na fase final em sua região. Chuvas são importantes para o desenvolvimento das plantas e para evitar ataques da lagarta conhecida como broca-do-colo.

"Com falta de chuva, ela sobe para a superfície e ataca a raiz de soja", disse Laércio Lenz, que nesta safra está plantando 850 hectares de soja.

Segundo ele, após um atraso de dez dias no início da safra, por falta de chuvas, o plantio foi acelerado nos últimos dias. "Este ano, a hora que começou, a chuva firmou."


O problema, dizem os meteorologistas, é que o tempo deve ser bem mais seco no Centro-Oeste a partir da próxima semana.

"Os modelos estão apontando uma 'secada' em Mato Grosso. Quem contar com essas chuvas para plantar, não vai poder", disse a meteorologista Aline Tochio, da Climatempo.

Ela ressaltou, no entanto, que não haverá falta generalizada de chuvas, mas irregularidade nas precipitações.

Os indicativos são de chuvas irregulares também no chamado Mapitoba, região de fronteira agrícola formada por Maranhão, Piauí, Tocantins e oeste da Bahia, disse Santos, da Somar.

"Para a Bahia, vai complicar mais ainda. Porque já teve gente que começou a plantar, mesmo com o solo ainda seco", disse ele.

O plantio na Bahia está apenas na fase inicial, com 1 por cento da área coberta, segundo o levantamento mais recente da consultoria AgRural.

Região Sul

As chuvas que não avançam para o coração do Centro-Oeste devem ficar "presas" no Sul e no Sudeste do país.

"É uma gangorra. Nos próximos dez dias a chuva é toda aqui", disse a meteorologista Estael Sias, da MetSul, que monitora o clima no Rio Grande do Sul.

As precipitações podem atrasar a colheita gaúcha de trigo e eventualmente apertar a janela para o plantio da soja, lembra Estael.

No Paraná --segundo maior produtor de soja-- a área plantada chega a 34 por cento, segundo o Departamento de Economia Rural, e não há preocupação quanto ao volume de chuvas, disseram os meteorologistas.

Acompanhe tudo sobre:AgriculturaCommoditiesSojaTrigo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame