Economia

China promete US$ 60 bilhões para financiar projetos na África

Anúncio é feito no momento em que a potência asiática busca reforçar sua presença econômica no continente

Presidente da China, Xi Jinping, prometeu nesta segunda-feira US$ 60 bilhões em financiamento para projetos na África (Rawpixel/Thinkstock)

Presidente da China, Xi Jinping, prometeu nesta segunda-feira US$ 60 bilhões em financiamento para projetos na África (Rawpixel/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de setembro de 2018 às 12h59.

O presidente da China, Xi Jinping, prometeu nesta segunda-feira US$ 60 bilhões em financiamento para projetos na África, por meio de assistência, investimentos e empréstimos. O anúncio é feito no momento em que a potência asiática busca reforçar sua presença econômica no continente.

Durante um encontro com líderes africanos em Pequim, Xi disse que o montante inclui US$ 15 bilhões em concessões, empréstimos sem juros e empréstimos com condições preferenciais, US$ 20 bilhões me linhas de crédito, US$ 10 bilhões para "financiamento ao desenvolvimento" e US$ 5 bilhões para comprar importados da África. Além disso, garantiu que a China encorajará companhias a investir pelo menos US$ 10 bilhões na África ao longo dos próximos três anos.

Não foram divulgados detalhes específicos, mas Xi disse que a China planeja iniciativas em oito áreas, incluindo US$ 147 milhões para ajuda emergencial alimentar, o envio de 500 especialistas em agricultura para a África e bolsas, treinamento vocacional e oportunidades para a promoção comercial. O presidente chinês disse ainda que a iniciativa de construir portos e outras obras de infraestrutura no continente são uma ferramenta para a "prosperidade comum", em um mundo que enfrenta desafios do protecionismo comercial.

O fórum em Pequim reúne líderes de mais de 50 países africanos. Dezenas desses líderes se reuniram com o presidente chinês antes da conferência. Xi ainda enfatizou que esse investimento não se traduz em exigências políticas. "A China não interfere em questões internas nem impõe sua vontade sobre a África", disse ele. Fonte: Associated Press.

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