China e EUA: suspensão é um gesto de boa vontade após a decisão dos EUA de adiar altas tarifárias sobre importações chinesas (Jonathan Ernst/Reuters)
Reuters
Publicado em 31 de março de 2019 às 17h42.
Última atualização em 31 de março de 2019 às 17h50.
Pequim - O Conselho de Estado da China informou neste domingo (31), que continuará suspendendo tarifas adicionais sobre veículos e autopeças dos Estados Unidos após 1º de abril, em um gesto de boa vontade após a decisão dos EUA de adiar altas tarifárias sobre importações chinesas.
Em dezembro, a China informou que iria temporariamente suspender tarifas adicionais de 25 por cento sobre veículos e autopeças fabricados nos Estados Unidos por três meses, após uma trégua em uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
O Conselho de Estado afirmou que o movimento deste domingo visava "continuar a criar um bom ambiente para as negociações comerciais em curso entre os dois lados".
"É uma reação positiva à decisão dos EUA de adiar o aumento de tarifas e uma ação concreta adotada (pelo lado chinês) para promover negociações comerciais bilaterais", afirmou.
"Esperamos que os EUA possam trabalhar em conjunto com a China, acelerar as negociações e realizar esforços concretos em direção à meta de acabar com as tensões comerciais."
O governo também disse que anunciaria separadamente quando a suspensão terminaria.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na sexta-feira que as negociações comerciais com a China estão indo muito bem, mas advertiu que não aceitaria nada menos do que um "grande acordo" depois que altos funcionários do comércio norte-americano e chinês fecharam dois dias de negociações em Pequim.
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, estiveram na capital chinesa para os primeiros encontros presenciais entre os dois lados desde que Trump adiou o aumento de 2 de março nas tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses.
As negociações devem ser retomadas na próxima semana em Washington com uma delegação chinesa liderada pelo vice-premiê Liu He.