China: o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang, disse que a China está pronta para agir, mas não confirmou a data de início das imposições das tarifas chinesas (andriano_cz/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 4 de julho de 2018 às 10h22.
Última atualização em 4 de julho de 2018 às 10h25.
Pequim - A China "não vai absolutamente" disparar o primeiro tiro em uma guerra comercial com os Estados Unidos e não será a primeira a cobrar tarifas, disse o Ministério das Finanças do país nesta quarta-feira.
Uma pessoa com conhecimento do plano disse à Reuters que as tarifas da China sobre 34 bilhões de dólares em produtos dos EUA vão entrar em vigor no início a partir do início da sexta-feira. Dada a diferença de 12 horas, isso coloca sua implementação antes da entrada em vigor das tarifas de Washington. Outras mídias publicaram notícias semelhantes.
Mas o ministério emitiu um esclarecimento breve em resposta.
"A posição do governo chinês foi declarada muitas vezes. Nós não vamos absolutamente disparar o primeiro tiro, e não vamos implementar medidas tarifárias antes que os EUA o façam", afirmou, sem dar mais detalhes.
Washington diz que implementará tarifas sobre 34 bilhões de dólares em produtos chineses em 6 de julho, e Pequim prometeu retaliar com medidas similares no mesmo dia.
Mais cedo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang, disse que a China está pronta para agir, mas não confirmou a data de início das imposições das tarifas chinesas.
"A China já fez preparativos", disse Lu em uma entrevista coletiva diária.
"Desde que os Estados Unidos emitam a chamada lista tarifária, a China tomará as medidas necessárias para proteger firmemente seus interesses legítimos", acrescentou ele, sem dar mais detalhes.