Economia

China comprará US$32 bi adicionais em produtos agrícolas dos EUA

Esta seria a 1ª parte do pacto comercial que vem sendo negociado há meses por ambos os países, disse o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer

China e EUA: Washington e Pequim anunciaram a reversão tarifária nesta sexta-feira (Feng Li/Reuters)

China e EUA: Washington e Pequim anunciaram a reversão tarifária nesta sexta-feira (Feng Li/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de dezembro de 2019 às 14h45.

Última atualização em 13 de dezembro de 2019 às 18h58.

Washington — A China concordou em comprar 32 bilhões de dólares em produtos agrícolas adicionais dos Estados Unidos ao longo de dois anos como parte da fase 1 do pacto comercial sendo negociado há meses por ambos os países, disse o representante comercial norte-americano, Robert Lighthizer, acrescentando que o acordo será assinado na primeira semana de janeiro de 2020.

Como parte do acordo, Pequim concordou em comprar 16 bilhões de dólares a mais em produtos agrícolas norte-americanos em cada um desses anos, com o valor total ficando acima do patamar visto em 2017, de 24 bilhões de dólares, acrescentou Lighthizer, embora Pequim tenha concordado em se esforçar para atingir 5 bilhões de dólares em compras adicionais a cada ano.

O valor somaria-se às compras de 40 bilhões a 50 bilhões de dólares pela China, prometidas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ao anunciar o acordo pela primeira vez, em 11 de outubro.

No geral, a China se comprometeu com importantes mudanças estruturais e com a compra de 200 bilhões de dólares a mais em bens e serviços norte-americanos ao longo de dois anos, com foco em quatro áreas --manufaturados, energia, agricultura e serviços, disse Lighthizer.

O acordo, sacramentado em negociações minuciosas entre os dois lados nos últimos dois meses, pode encerrar 17 meses de tarifas retaliatórias, que abalaram os mercados financeiros e afetaram o crescimento global.

Lighthizer disse que haverá metas específicas para compras chinesas de determinados produtos, mas que elas não serão divulgadas publicamente para evitar distorções nos mercados.

Ele assegurou que o acordo comercial está em conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), acrescentando que a China estará livre para comprar coisas quando "for o momento perfeito para se comprar coisas".

O acordo reduzirá algumas tarifas norte-americanas sobre produtos chineses e adiará indefinidamente as taxas adicionais de 15% que deveriam entrar em vigor no domingo, disse Lighthizer. A redução das tarifas passará a valer 30 dias após a assinatura do acordo, que provavelmente ocorrerá em Washington no início de janeiro.

Mesmo assim, o representante comercial admitiu que ainda há muito trabalho a ser feito. As discussões sobre a próxima fase do acordo terão início em um momento apropriado, disse ele, acrescentando que Trump não deseja esperar até depois das eleições presidenciais de 2020.

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