Economia

China condiciona ajuda à Europa à suspensão de investigação

A União Europeia investiga o país em casos de dumping e subsídios

O vice-chanceler chinês Zhai Jun: a investigação sobre os subsídios da Europa envia ao mundo exterior um péssimo sinal protecionista (AFP)

O vice-chanceler chinês Zhai Jun: a investigação sobre os subsídios da Europa envia ao mundo exterior um péssimo sinal protecionista (AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 10h57.

Pequim - A China condicionou nesta quinta-feira sua eventual ajuda para resolver a crise da dívida soberana na Europa à suspensão de duas investigações sobre dumping e subsídios abertas pela União Europeia, informou o ministério do Comércio em seu site.

A União Europeia iniciou no dia 21 de dezembro uma investigação por dumping às importações de certos tipos de aço revestidos de matéria orgânica procedentes da China e na última quarta-feira outra para averiguar se o governo subsidia estes produtos.

"Enquanto a economia mundial prosseguir sem pôr fim à crise financeira e vários países europeus estiverem afundados na crise da dívida soberana, todos os países devem adotar uma atitude cooperativa, aberta e tolerante para superar juntos a crise", segundo o ministério chinês.

"Contudo, a investigação sobre os subsídios da Europa envia ao mundo exterior um péssimo sinal protecionista que ofusca tanto o comércio regular entre Europa e China em matéria de aço como os esforços conjuntos sino-europeus para responder à crise" da dívida, considera o ministério.

Os profissionais chineses do setor manifestaram seu "forte descontentamento" por estas investigações, assegura o ministério, que considera que são "contrárias às regras da OMC", antes de afirmar que seguirá com "grande cuidado o desenvolvimento deste tema".

A China conta com as maiores reservas em divisas do mundo - cerca de 3,2 trilhões de dólares no fim de dezembro - e divulgou em várias ocasiões que poderia contribuir com o fundo de ajuda europeu criado para socorrer os países com dificuldades para financiar sua dívida soberana.

Segundo estimativas de especialistas europeus não confirmadas oficialmente, a China investiu mais de meio trilhão de dólares em dívida soberana europeia.

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