O presidente da China também anunciou que Pequim irá tirar do papel o programa "Talentos Africanos" (Andy Wong/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2012 às 07h08.
Pequim - O presidente da China, Hu Jintao, anunciou nesta quinta-feira uma linha de crédito de US$ 20 bilhões destinada a países africanos para o desenvolvimento de diferentes áreas, entre elas infraestrutura e agricultura, na abertura do Fórum de Cooperação Ministerial China-África (FOCAC), que irá até amanhã em Pequim.
Hu revelou o número durante seu discurso de abertura da cúpula no Grande Palácio do Povo, na capital chinesa, onde compartilhou o palanque com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e os líderes de África do Sul, Guiné Equatorial, Benin, Djibuti, Quênia, Cabo Verde, Níger e Costa do Marfim.
Além disso, pelo menos 200 representantes governamentais de quase todos os países do continente africano presenciaram a alocução do presidente da China, que não mencionou quais os países serão beneficiados por essa linha de crédito nem quais são as condições do acordo.
'Deveríamos trabalhar mais duro para desenvolver uma cooperação avançada em investimento, finanças, serviços e trocas tecnológicas, além de melhorar o comércio para beneficiar mais gente', avaliou Hu.
O presidente da China também anunciou que Pequim irá tirar do papel o programa "Talentos Africanos", destinado a treinar 30 mil profissionais de diferentes setores trabalhistas, para o qual oferecerá 18 mil bolsas de estudo.
Além disso, assegurou que a China apoiará o processo de integração africana mediante o desenvolvimento de 'infraestrutura transnacional'.
Hu também defendeu o aumento da cooperação e dos intercâmbios de mulheres e jovens, assim como a aproximação dos jornalistas africanos e chineses com a criação de um 'Centro de Troca de Imprensa'.
'Assim aumentarão as visitas dos jornalistas africanos à China e as de nossos meios de comunicação à África', acrescentou.
Hu também ressaltou que a China e os países africanos deveriam 'promover juntos a paz e a estabilidade' e enfatizou que seu país financiará as missões de paz da União Africana (UA).