Economia

Chanceler da UE se reúne em Washington com administração Trump

O presidente americano tem feito críticas à União Europeia e à Otan, gerando preocupação e mal-estar entre seus tradicionais parceiros transatlânticos.

Mogherini é a primeira representante do Executivo comunitário a viajar para Washington após a chegada de Trump ao poder. (Frederick Florin/AFP)

Mogherini é a primeira representante do Executivo comunitário a viajar para Washington após a chegada de Trump ao poder. (Frederick Florin/AFP)

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AFP

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 22h23.

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, anunciou nesta segunda-feira (6) que se reunirá com representantes do governo de Donald Trump esta semana, em Washington, para buscar "terreno" de trabalho comum.

"A mensagem principal será encontrar um terreno comum em que queiramos cooperar (...), de que maneira podemos trabalhar juntos", disse Federica, em coletiva de imprensa ao fim de uma reunião dos ministros das Relações Exteriores europeus em Bruxelas.

Mogherini é a primeira representante do Executivo comunitário a viajar para Washington após a chegada de Trump ao poder. O presidente americano tem feito críticas à União Europeia (UE), ao euro e até mesmo à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), gerando preocupação e mal-estar entre seus tradicionais parceiros transatlânticos.

Em Washington, a chefe da diplomacia europeia deve se reunir com o conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Michael Flynn, e com o genro do presidente e conselheiro Jared Kushner, assim como com políticos do Congresso.

Além da visita a Washington, Mogherini anunciou uma série de "intensas discussões" com o novo governo em fevereiro, durante as reuniões ministeriais da Otan e do G20 previstas para acontecer na Europa, entre outros.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, visitará as instituições europeias durante uma viagem a Bruxelas a partir de 19 de fevereiro - um "sinal político muito importante", considerou a chefe da diplomacia europeia.

"Nos próximos 20 dias, teremos intensas discussões com nossos homólogos do governo americano sobre o Oriente Médio, mas também sobre outros assuntos", como a guerra na Síria e o conflito na Ucrânia, assim como a situação na Líbia e o processo de paz entre israelenses e palestinos, completou Federica.

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