Economia

Carnes e refeição fora de casa puxaram inflação em 2014

No ano, as carnes tiveram aumento de preços de 22,21%, bem acima da inflação registrada pelo produto em 2013 (4,57%)


	No ano, as carnes tiveram aumento de preços de 22,21%, bem acima da inflação registrada pelo produto em 2013 (4,57%)
 (Charly Triballeau/AFP)

No ano, as carnes tiveram aumento de preços de 22,21%, bem acima da inflação registrada pelo produto em 2013 (4,57%) (Charly Triballeau/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 09h29.

Rio de Janeiro - Os aumentos de preços das carnes e das refeições fora de casa foram, individualmente, foram os itens que tiveram maior impacto na inflação oficial de 6,41%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014.

No ano, as carnes tiveram aumento de preços de 22,21%, bem acima da inflação registrada pelo produto em 2013 (4,57%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Os pecuaristas alegam que nos anos anteriores tiveram prejuízo e tiveram que abater matrizes. Então, a gente chegou num período de oferta menor de gado. A isso se juntou o dólar e a pressão que isso tem sobre o custo da produção. Tivemos também a seca, que prejudica as lavouras e aumento custos de produção, além do aumento da exportação das carnes por conta do embargo que foi feito à Rússia”, disse a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.

Já a refeição fora de casa ficou 9,96% mais cara, uma taxa parecida (9,49%) com a registrada em 2013. Os produtos alimentícios, no entanto, não foram os únicos que pesaram no bolso do consumidor brasileiro em 2014.

Depois das carnes e da refeição, a energia elétrica foi o item que mais impactou a inflação oficial, com alta de preços de 17,06% em 2014. No ano anterior, o item havia contribuído para frear a taxa, já que havia apresentado uma deflação de 15,66% na ocasião.

Outros itens que tiveram impacto importante na taxa de inflação em 2014 foram os empregados domésticos (10,54%), os aluguéis residenciais (9,35%), os planos de saúde (9,44%) e os cursos regulares (8,87%).

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