Rio de Janeiro - A carga de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN) atingiu 60.909 megawatts (MW) médios em maio, 3,0% a menos do que o registrado em igual período do ano passado, informou nesta quarta-feira, 03, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O resultado foi puxado principalmente pela queda de 6,0% da carga na região Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 58,7% do volume do País. A região Sul (-3,0%) também apresentou queda, enquanto o Norte ficou com a carga estável na comparação com maio de 2014. A carga na região Nordeste cresceu 6,7%.

"O comportamento da carga do SIN reflete sobretudo o baixo desempenho da indústria, que vem realizando ajustes no nível de produção, diante do aumento de estoques e da diminuição da demanda interna, reflexo do aperto nos juros, da piora no mercado de trabalho e da inflação em alta", diz um trecho do Boletim de Carga Mensal, divulgado pelo ONS.

Além do desempenho da indústria, o comércio e os prestadores de serviços também sentem a crise na economia e consomem menos. Segundo o ONS, a elevação dos preços da energia elétrica também pesou.

"A elevação das tarifas de energia elétrica já vem se refletindo nos padrões de consumo de energia, contribuindo para a redução da carga principalmente nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul onde o impacto é maior", diz o boletim.

No acumulado dos últimos 12 meses, a carga do sistema nacional continua a crescer, mas o avanço desacelerou de 1,3% de abril para apenas 0,8% em maio. A região Sudeste/Centro-Oeste, que estava com desempenho positivo (0,1%) no acumulado em 12 meses até abril passou para queda de 0,5% no acumulado até maio.