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Captações de valores mobiliários caem 85,8% em novembro

Anbima: no acumulado dos 11 primeiros meses do ano as captações foram de R$ 95,6 bi, recuo de 34,2% na comparação anual

Anbima: no acumulado dos 11 primeiros meses do ano as captações foram de R$ 95,6 bi, recuo de 34,2% na comparação anual (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 11h09.

São Paulo - As captações de valores mobiliários no mercado doméstico somaram R$ 1,3 bilhão em novembro, queda de 85,8% em relação ao observado no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) .

No acumulado dos 11 primeiros meses do ano as captações foram de R$ 95,6 bilhões, recuo de 34,2% na comparação anual.

"Ano de 2014 foi muito parado para o mercado de capitais, tivemos muito eventos como Copa e eleições, mas em 2015 foram os mais baixos dos últimos sete anos. Foi um ano que o mercado ficou em compasso de espera", afirma diretora da Anbima, Carolina Lacerda.

De acordo com a entidade, uma captação registrada em novembro se referiu a uma emissão de FIDC, ligada ao financiamento de veículos, que movimentou R$ 1 bilhão.

O restante, segundo a associação, foi no segmento de renda fixa local com esforços restritos, a da Ouro Verde e Cremer, que juntos alcançaram R$ 275 milhões.

A queda registrado na ano, segundo a Anbima, é fruto de uma redução de 40,5% das captações com títulos de renda fixa e um crescimento de 19% das ofertas de ações, lembrando que no ano passado as emissões de renda variável já foram muito fracas.

"Não há grandes expectativas de que o resultados de dezembro revertam o quadro apresentado até o momento, apesar de existirem algumas ofertas relevantes de debêntures em análise na CVM/Anbima para o próximo período", segundo boletim divulgado na manhã de hoje. Entre eles estão a do Sistema Anhanguera Bandeirantes e AES Tietê.

Fundos

A indústria de fundos no Brasil registrou em novembro um resgate líquido de R$ 20,4 bilhões, marcando, assim, a maior saída líquida desde outubro de 2008, quando as retiradas superaram as aplicações em R$ 28,9 bilhões, de acordo com dados da Anbima.

A Anbima mostra que os resgates foram mais concentrados na última semana do mês, sendo que até esse momento os fundos ainda registravam captação líquida.

Outro fator que interfere nos números de novembro é o come-cotas. Segundo Carlos Massaru, vice-presidente da entidade, mês passado o come-cotas consumiu cerca de R$ 5 bilhões do patrimônio líquido da indústria.

Com esse desempenho em novembro, a captação líquida dos fundos no ano até o mês passado ficou em R$ 7,9 bilhões, o menor nível para esse período desde 2008.

O ponto positivo, destaca Massaru, está no segmento de Previdência, que vem registrando entrada consistente de recursos. Nos onze primeiros meses do ano, essa classe acumula captação líquida de R$ 32,6 bilhões.

Em relação a outras modalidades, Massaru disse que as boas rentabilidades apresentadas não estão se traduzindo em captação.

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São Paulo - As captações de valores mobiliários no mercado doméstico somaram R$ 1,3 bilhão em novembro, queda de 85,8% em relação ao observado no mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) .

No acumulado dos 11 primeiros meses do ano as captações foram de R$ 95,6 bilhões, recuo de 34,2% na comparação anual.

"Ano de 2014 foi muito parado para o mercado de capitais, tivemos muito eventos como Copa e eleições, mas em 2015 foram os mais baixos dos últimos sete anos. Foi um ano que o mercado ficou em compasso de espera", afirma diretora da Anbima, Carolina Lacerda.

De acordo com a entidade, uma captação registrada em novembro se referiu a uma emissão de FIDC, ligada ao financiamento de veículos, que movimentou R$ 1 bilhão.

O restante, segundo a associação, foi no segmento de renda fixa local com esforços restritos, a da Ouro Verde e Cremer, que juntos alcançaram R$ 275 milhões.

A queda registrado na ano, segundo a Anbima, é fruto de uma redução de 40,5% das captações com títulos de renda fixa e um crescimento de 19% das ofertas de ações, lembrando que no ano passado as emissões de renda variável já foram muito fracas.

"Não há grandes expectativas de que o resultados de dezembro revertam o quadro apresentado até o momento, apesar de existirem algumas ofertas relevantes de debêntures em análise na CVM/Anbima para o próximo período", segundo boletim divulgado na manhã de hoje. Entre eles estão a do Sistema Anhanguera Bandeirantes e AES Tietê.

Fundos

A indústria de fundos no Brasil registrou em novembro um resgate líquido de R$ 20,4 bilhões, marcando, assim, a maior saída líquida desde outubro de 2008, quando as retiradas superaram as aplicações em R$ 28,9 bilhões, de acordo com dados da Anbima.

A Anbima mostra que os resgates foram mais concentrados na última semana do mês, sendo que até esse momento os fundos ainda registravam captação líquida.

Outro fator que interfere nos números de novembro é o come-cotas. Segundo Carlos Massaru, vice-presidente da entidade, mês passado o come-cotas consumiu cerca de R$ 5 bilhões do patrimônio líquido da indústria.

Com esse desempenho em novembro, a captação líquida dos fundos no ano até o mês passado ficou em R$ 7,9 bilhões, o menor nível para esse período desde 2008.

O ponto positivo, destaca Massaru, está no segmento de Previdência, que vem registrando entrada consistente de recursos. Nos onze primeiros meses do ano, essa classe acumula captação líquida de R$ 32,6 bilhões.

Em relação a outras modalidades, Massaru disse que as boas rentabilidades apresentadas não estão se traduzindo em captação.

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