Jorge Faurie: ministro argentino falou sobre próximas pretensões do Mercosul (Pool/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de junho de 2019 às 17h16.
Última atualização em 28 de junho de 2019 às 18h43.
Brasília - O ministro de Relações Exteriores da Argentina, Jorge Faurie, considera que a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia mostra que o bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai está pronto para assinar diferentes tratados com outros países. Ele afirmou que novas negociações deverão concluídas "muito em breve", citando Canadá, Cingapura e Coreia do Sul como exemplo.
"O Mercosul reconhece que tem que ser mais conectado com o resto do mundo em termos de produtividade e que isso é uma necessidade que estamos trabalhando internamente no bloco", disse Faurie, durante coletiva de imprensa em Bruxelas.
Ele falou em nome dos países que compõem o Mercosul, já que a Argentina assumiu a presidência rotativa do bloco.
Em sua fala, Faurie destacou que as negociações de processos de integração e acordos tarifários com diferentes países "são muito importantes para o Mercosul, do ponto de vista que o Mercosul reconhece que tem que ser mais conectado com o resto do mundo".
Ele citou ainda as negociações com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA). "Tudo isso vai contribuir para melhorar a interconexão em termos de acordos do Mercosul", disse.
O ministro também afirmou que os representantes do Mercosul ficaram felizes com o resultado do acordo, finalizado após 20 anos de negociações.
Em mais de uma ocasião, ressaltou que os avanços para a efetiva conclusão se iniciaram há cerca de três anos. Segundo ele, o acordo Mercosul-UE era desacreditado e sua conclusão deve acelerar outras negociações. "Estamos felizes com o resultado (do acordo Mercosul-UE) porque às vezes alguns que viam do lado de fora diziam 'vocês nunca vão fazer o acordo Mercosul-UE, então por que estão negociando conosco?''", disse. "Estamos fazendo isso porque é um passo importante e esse resultado diz que estamos prontos para terminar os outros três ou quatro acordos. Alguns deles virão muito em breve", garantiu.