Nancy Pelosi, líder da Câmara: o pacote de ajuda segue o plano de US$ 2,2 trilhões aprovado no final de março (Erin Scott/Getty Images)
AFP
Publicado em 23 de abril de 2020 às 20h13.
Última atualização em 23 de abril de 2020 às 20h14.
A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira um plano de ajuda de US$ 483 bilhões para amenizar os efeitos da desaceleração econômica causada pela pandemia de coronavírus.
Em um momento em que o desemprego aumentou acentuadamente no país nas últimas cinco semanas e mais de 26 milhões de pessoas solicitaram seguro-desemprego, a Câmara aprovou um pacote de ajuda que tem o apoio do presidente Donald Trump e será promulgado rapidamente.
O projeto, que já passou no Senado, foi aprovado em uma sessão marcada por distanciamento social e medidas de saúde para impedir a propagação do vírus, que deixou mais de 47.000 mortos nos Estados Unidos.
"Peço à Câmara que aprove a lei, e eles votarão nela, imagino, em breve", disse Trump na terça-feira.
Nos corredores do Capitólio, os legisladores caminhavam com máscaras ou rostos cobertos por lenços - como foi o caso da líder da Câmara, Nancy Pelosi - ou até mesmo cobrindo a boca com pastas improvisadas.
As discussões não foram realizadas em plenário e apenas alguns legisladores puderam estar na sala ao mesmo tempo.
Esse pacote de ajuda segue o colossal plano de US$ 2,2 trilhões aprovado no final de março.
O plano de salvar empregos, aprovado pelo Senado por unanimidade após mais de uma semana de negociações entre democratas, republicanos e a Casa Branca, é a mais recente injeção maciça de dinheiro do governo para apoiar uma economia em colapso.
A nova parcela incluiria US$ 320 bilhões em fundos para pequenas empresas para desencorajar mais cortes de empregos.
A lei também prevê mais de US$ 75 bilhões para hospitais e US$ 25 bilhões para expandir os testes de coronavírus. Também fornecerá US$ 60 bilhões em empréstimos e doações.
Antes da votação, foi aprovado um projeto de lei para criar um comitê para investigar a resposta do governo ao surto da epidemia nos Estados Unidos. Após esse procedimento, a Câmara teve que ser desinfetada para continuar os debates.