Caixa vê possibilidade de saques do FGTS passarem de R$ 35 bi
Segundo Occhi, os R$ 3,26 bi sacados por meio das contas inativas fazem parte de um total de R$ 4 bilhões que foram injetados na economia na sexta
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de março de 2017 às 21h03.
Brasília - O presidente da Caixa Econômica Federal , Gilberto Occhi, afirmou nesta segunda-feira, 13, que o primeiro dia de saques de contas inativas do FGTS, na sexta-feira, somou R$ 3,26 bilhões e que, com esse resultado, a expectativa é de que os saques ultrapassem a marca de R$ 35 bilhões, acima, portanto, da projeção inicial do governo federal, de R$ 30 bilhões.
Os números foram informados pelo executivo após reunião com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto.
Segundo Occhi, os R$ 3,26 bilhões sacados por meio das contas inativas na sexta-feira fazem parte de um total de R$ 4 bilhões que foram injetados na economia na sexta-feira, através do FGTS, considerando também os montantes a que têm direito os trabalhadores demitidos.
E dos R$ 3,26 bilhões sacados, R$ 1,89 bilhão foi creditado em contas de correntistas da Caixa, que receberam o dinheiro automaticamente.
O executivo afirmou que os correntistas da Caixa beneficiados com o depósito imediato foram 1,9 milhão de trabalhadores.
O calendário da Caixa para os saques de contas inativas prevê que a partir do dia 10 de março poderão sacar aqueles que nasceram nos meses de janeiro e fevereiro.
A expectativa de Occhi para quem nasceu nos dois primeiros meses é de que os saques cheguem a R$ 6,97 bilhões. Para nascidos nos meses de março, abril e maio, a projeção da Caixa é de R$ 11 bilhões.
Os saques para os aniversariantes desses três meses começam no dia 10 de abril. Para todos os trabalhadores, o período de saques se encerra em 31 de julho.
Occhi ressaltou também que a medida deve ter um impacto de 0,5% no PIB de 2017, segundo projeção do governo federal. "O presidente Michel Temer está muito satisfeito", afirmou o executivo, em referência aos resultados do primeiro dia de saque.
Ele disse que sugeriu ao presidente que visitasse uma agência da Caixa para acompanhar os trabalhos e que Temer lhe prometeu avaliar um dia e um local apropriados para a visita.