Agricultor com grãos de café: ultimamente as vendas de café para o exterior estão se recuperando, disse ministro colombiano (Nacho Doce/Files/Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2013 às 08h14.
Bogotá - O café, seus derivados e a propriedade intelectual sobre o produto, foram os grandes beneficiados dos tratados comerciais assinados pela Colômbia, disse nesta quarta-feira o ministro do Comércio, Indústria e Turismo do país, Santiago Rojas.
Durante seu discurso no 79º Congresso Nacional de Cafeicultores em Bogotá, Rojas destacou que o rápido acesso conseguido para o café colombiano e seus derivados.
Reconheceu que a cafeicultura passa por um período difícil por conta de muitos fatores, entre eles os baixos preços internacionais e a valorização do peso colombiano, por isso o governo concentra seus esforços para garantir que o produto tenha um acesso "comercial direto e rentável".
Destacou que, apesar das exportações de café terem caído no volume acumulado anual de 12 milhões de sacas, em meados de 2008, para 7 milhões no final de 2012, ultimamente as vendas para o exterior estão se recuperando e, em outubro, superaram o número de 9 milhões de sacas acumuladas no decorrer do ano.
Buscando novos mercados através de novos acordos comerciais, o ministro Rojas disse que a Coreia do Sul vai eliminar, em um prazo máximo de três anos, os encargos entre 2% e 8%, que afetam o grão de café e seus derivados, em um mercado que importou cerca de US$ 600 milhões em 2012.
No acordo com Israel, um mercado que importou em 2012 cerca de US$ 170 milhões, o grão e seus derivados estarão livres de taxas.
O ministro explicou que, nas negociações com o Japão, haverá melhoras nas condições de acesso com a eliminação das tarifas porque, disse, "hoje, os japoneses taxam em 12% o café tostado e em até 24% os derivados, itens cujo valor das importações se aproximou dos US$ 300 milhões em 2012".
Rojas também lembrou que acordos comerciais como os estabelecidos com a Comunidade Andina, Estados Unidos, União Europeia e EFTA (bloco constituído por Noruega, Islândia, Liechtenstein e Suíça) incorporam disposições em matéria de propriedade intelectual, dentro das quais se estabelecem níveis mínimos de proteção em termos de indicações geográficas e direitos de marca.
Afirmou também que a Colômbia aderiu ao Acordo de Madrid relativo ao Registro Internacional de Marcas que simplifica e otimiza os trâmites de proteção das marcas dos produtos colombianos nos demais países-membros.
Também ressaltou o reconhecimento da proteção de indicações geográficas colombianas na União Europeia.
"Agora, que contamos com mais de 20 indicações geográficas, entre elas Café de Huila, Café de Nariño e Café de Cauca, utilizaremos o mecanismo de atualização para obter sua proteção neste território", sustentou o ministro.