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BRIC não planeja apoio comum em corrida presidencial do BM

São crescentes as pressões pelo fim do monopólio americano na cúpula desta instituição financeira

O ex-ministro da Fazenda da Colômbia, José Antonio Ocampo, um dos candidatos ao cargo de presidente do Banco Mundial (Cris Bouroncle/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 12h59.

Nova Délhi - O bloco de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul não tem a intenção de apoiar nenhum candidato em específico para dirigir o Banco Mundial (BM), anunciou nesta segunda-feira o secretário de relações econômicas do Ministério de Assuntos Exteriores da Índia, Sudhir Vyas.

"Os países emergentes desejam simplesmente um procedimento aberto e baseado no mérito", declarou Vyas durante uma coletiva de imprensa que antecedeu a um encontro dos BRIC em Nova Délhi. "Não tenho conhecimento de nenhum possível candidato comum deste grupo", completou.

O comitê executivo do BM entrevistará os três candidatos nas próximas semanas e elegerá "por consenso" seu novo presidente em abril.

Os candidatos são: o médico e antropólogo americano de origem sul-coreana, Jim Yong Kim, presidente do Dartmouth College e apoiado por Washington; o colombiano José Antonio Ocampo, ex-ministro da Fazenda da Colômbia e professor na Universidade Columbia, e a ministra nigeriana de Finanças, Ngozi Okonjo-Iweala.

A China pediu nesta segunda-feira para que a voz dos países em desenvolvimento seja levada em conta na escolha do novo presidente do BM, em um contexto de crescentes pressões pelo fim do monopólio americano na cúpula desta instituição financeira.

Na sexta-feira, o ministro da Indústria e Comércio do Brasil, Fernando Pimentel, afirmou que o governo teria "simpatia" por um candidato latino-americano, apesar de ter indicado que Brasília ainda não tem posição definida sobre o assunto.

Pimentel disse em coletiva de imprensa que "a tradição brasileira é apoiar latino-americanos" e essa seria a "preferência" do país.

Contudo, apesar de pedir o fim do acordo entre Estados Unidos e Europa para controlar o BM e o FMI, o Brasil apoiou no ano passado a candidatura da francesa Christine Lagarde ao FMI, que concorreu com o mexicano Agustín Carstens.

O processo de seleção do BM se assemelha ao do FMI. Os candidatos devem ser apresentados pelos Estados-membros, depois a lista é reduzida a um máximo de três pelo Conselho de Administração - caso exceda esse número. No BM, esta instância possui 25 membros, onde cada delegado representa um país ou um grupo de países, e continua sendo dominada amplamente pelos europeus em número de votos.

O presidente deve ser escolhido por consenso ou por maioria simples de votos.

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Nova Délhi - O bloco de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul não tem a intenção de apoiar nenhum candidato em específico para dirigir o Banco Mundial (BM), anunciou nesta segunda-feira o secretário de relações econômicas do Ministério de Assuntos Exteriores da Índia, Sudhir Vyas.

"Os países emergentes desejam simplesmente um procedimento aberto e baseado no mérito", declarou Vyas durante uma coletiva de imprensa que antecedeu a um encontro dos BRIC em Nova Délhi. "Não tenho conhecimento de nenhum possível candidato comum deste grupo", completou.

O comitê executivo do BM entrevistará os três candidatos nas próximas semanas e elegerá "por consenso" seu novo presidente em abril.

Os candidatos são: o médico e antropólogo americano de origem sul-coreana, Jim Yong Kim, presidente do Dartmouth College e apoiado por Washington; o colombiano José Antonio Ocampo, ex-ministro da Fazenda da Colômbia e professor na Universidade Columbia, e a ministra nigeriana de Finanças, Ngozi Okonjo-Iweala.

A China pediu nesta segunda-feira para que a voz dos países em desenvolvimento seja levada em conta na escolha do novo presidente do BM, em um contexto de crescentes pressões pelo fim do monopólio americano na cúpula desta instituição financeira.

Na sexta-feira, o ministro da Indústria e Comércio do Brasil, Fernando Pimentel, afirmou que o governo teria "simpatia" por um candidato latino-americano, apesar de ter indicado que Brasília ainda não tem posição definida sobre o assunto.

Pimentel disse em coletiva de imprensa que "a tradição brasileira é apoiar latino-americanos" e essa seria a "preferência" do país.

Contudo, apesar de pedir o fim do acordo entre Estados Unidos e Europa para controlar o BM e o FMI, o Brasil apoiou no ano passado a candidatura da francesa Christine Lagarde ao FMI, que concorreu com o mexicano Agustín Carstens.

O processo de seleção do BM se assemelha ao do FMI. Os candidatos devem ser apresentados pelos Estados-membros, depois a lista é reduzida a um máximo de três pelo Conselho de Administração - caso exceda esse número. No BM, esta instância possui 25 membros, onde cada delegado representa um país ou um grupo de países, e continua sendo dominada amplamente pelos europeus em número de votos.

O presidente deve ser escolhido por consenso ou por maioria simples de votos.

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