Fábrica da Sadia, em Vitória de Santo Antão, Pernambuco (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2014 às 19h06.
Belo Horizonte - O diretor executivo global de Assuntos Corporativos da BRF, Marcos Jank, disse que o Ministério da Agricultura foi muito ágil em detectar oportunidades de negócios com a Rússia.
"Embora a decisão venha em cima de um embargo à importação de produtos agrícolas de países do Ocidente contrários à anexação da região ucraniana de Crimeia por Moscou, o Ministério mandou uma missão essa semana para lá e ajudou na ampliação de vendas de produtos brasileiros ao país. A notícia é importante, tem que ser comemorada", declarou.
Na sua avaliação, o setor de carnes nacional está vivendo um momento de oportunidades. Jank citou como exemplos a gripe aviária na Ásia e diarreia suína nos Estados Unidos.
Segundo Jank, quando um ministro da Agricultura é ligado ao setor - Neri Geller é produtor em Mato Grosso -, sabe o quanto é importante a abertura de mercados para o agronegócio.
"Ele tem feito um belíssimo trabalho e sei que vai enviar novas missões a outros países (México, China) em setembro", elogiou o diretor, esperando que o ministério continue com o objetivo de abrir novos mercados para o agronegócio brasileiro após as eleições.
O executivo disse que ainda é difícil mensurar quanto a empresa e o setor de carnes e lácteos poderão exportar a mais ao mercado russo.
"Lácteos é um mercado pequeno. Frango também e não há espaço para aumento de preços. Suínos que seria a maior oportunidade ainda não teve uma ampliação/abertura adequada", comentou.
"A gente sabe da volatilidade de mercados como a Rússia, mas temos que aproveitar os momentos", completou.