Diante da possibilidade de queda dos investimentos produtivos neste ano, a esperança de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) volta-se, entre outros, para a expansão do consumo. O desempenho do mercado doméstico não deve decepcionar, de acordo com pesquisa da Target Marketing, que estima uma expansão real de 4,3% para o consumo neste ano. Assim, a consultoria estima que os brasileiros desembolsarão 1,1 trilhão de reais neste ano em bens e serviços (se você é assinante, leia também reportagem de EXAME sobre a influência do crédito no aumento do consumo no país).

Segundo a Target, a previsão é ainda mais significativa, quando se lembra que a expectativa de crescimento populacional para 2005 é de 2,8%. A maior parcela do consumo dos brasileiros (25,3% do total) será gasta com a manutenção do lar, que inclui aluguéis, impostos e tarifas de água e eletricidade, entre outros. Os alimentos e bebidas vêm em segundo lugar, com 17,2%, à frente de transportes (7,7%), saúde (5,4%), vestuário e calçado (4,9%), recreação e viagens (4,3%), móveis e eletrodomésticos (3,8%) e educação (3,4%).

Em termos regionais, a região Sudeste deve responder por 53,8% do total de consumo neste ano. Em seguida, vêm o Sul (18,3%), Nordeste (15,9%), Centro-Oeste (4,9%) e Norte (4,9%). As capitais devem absorver 35,5% do consumo nacional, lideradas pelo município de São Paulo. Sozinhos, os paulistanos responderão por 10,19% dos gastos brasileiros em 2005. De acordo com a Target Marketing, os dez municípios com maior potencial de consumo concentrarão 28,76% dos gastos (veja tabela abaixo). O grupo inclui nove capitais, além da cidade paulista de Campinas.