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Brasil voa alto demais para se manter seguro, diz The Economist

São Paulo - O crescimento vertiginoso da economia brasileira nos últimos meses é questionado em artigo da revista britânica The Economist, publicado nesta quinta-feira (20). "O problema é que enquanto [o Brasil] está crescendo na velocidade da China, o Brasil não é a China", afirma a publicação. O fato de que o país poupa e […]

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2010 às 18h27.

São Paulo - O crescimento vertiginoso da economia brasileira nos últimos meses é questionado em artigo da revista britânica The Economist, publicado nesta quinta-feira (20). "O problema é que enquanto [o Brasil] está crescendo na velocidade da China, o Brasil não é a China", afirma a publicação.

O fato de que o país poupa e investe muito pouco limita o crescimento econômico a 5% na avaliação da maioria dos economistas.

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A Economist cita que os incentivos fiscais do governo impulsionaram a economia brasileira durante a crise, mas muitos gastos extras se tornaram permanentes como "aceleradores dos carros da Toyota, grudados ao chão".

O texto ainda lembra que a inflação nos últimos 12 meses foi de 5,3%, acima da meta de 4,5% do Banco Central e que, neste ano, as importações irão superar as exportações pela primeira vez desde 2000.

"Certamente muitos europeus amariam ter os problemas do Brasil. A economia [brasileira] ganhou crescimento fundamentado. As empresas estão correndo para atender à demanda por bens de consumo da classe média baixa,  enquanto a China continua comprando produtos brasileiros em larga escala. No entanto, os preços das commodities estão começando a enfraquecer", acredita a Economist.

Para a revista, o franco crescimento seria melhor assegurado se o governo abrisse caminho para a queda dos juros de empréstimo (gastando menos) e investisse em melhor infraestrutura.

"O próximo presidente terá que resolver [esse desafio]. O início excitante da economia em ano de eleição aumentou as chances de que a candidata do presidente Lula, Dilma Rousseff,  seja quem receberá essa missão", conclui.

Leia mais: Análise da Economist choveu no molhado, diz Austin Rating

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