Superávit: no mês passado, a dívida líquida foi a 50,7% do PIB (Thinkstock/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 29 de novembro de 2017 às 10h58.
Última atualização em 29 de novembro de 2017 às 16h56.
Brasília - O setor público consolidado brasileiro (governo central, Estados, municípios e estatais) registrou superávit primário de 4,758 bilhões de reais em outubro, o primeiro desde abril, num desempenho acima do esperado e que foi ajudado por receitas extras embolsadas pela União.
Em pesquisa Reuters, analistas estimavam que o país teria superávit primário de 3 bilhões de reais em outubro.O desempenho do governo central (governo federal, Banco Central e Previdência), positivo em 4,967 bilhões de reais, foi determinante para o resultado, informou o BC nesta quarta-feira.
Na véspera, o Tesouro Nacional já havia apontado que o dado foi ajudado por arrecadação extraordinária com o Refis, programa de renegociação tributária.Em outubro, os governos regionais (Estados e municípios) ficaram no azul em 352 milhões de reais, ao passo que as empresas estatais tiveram déficit de 562 milhões de reais.
O setor público não conseguia economizar para pagar juros da dívida desde abril, quando registrou superávit primário de 12,908 bilhões de reais.No acumulado em 12 meses, o resultado primário está negativo em 187,230 bilhões de reais, equivalente a 2,88 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Para o ano, a meta para o setor público é de déficit primário menor, de 163,1 bilhões de reais, que inclui rombo de 159 bilhões de reais do governo central, de 3 bilhões de estatais federais e de 1,1 bilhão de reais de Estados e municípios.
Já o déficit nominal --receitas menos despesas, incluindo pagamento de juros-- ficou em 30,494 bilhões de reais em outubro, pior que o apontado em pesquisa Reuters, de saldo negativo de 25,753 bilhões de reais.
O BC informou ainda que a dívida líquida caiu a 50,7 por cento do PIB em outubro, contra 50,9 por cento em setembro e abaixo de estimativa de analistas de 50,8 por cento.Já dívida bruta subiu a 74,4 por cento do PIB, mesmo percentual previsto por analistas, contra 73,9 por cento em setembro.