Brasil tem preocupação com a democracia líbia, diz Patriora
Segundo ele, essa reação faz o governo aguardar uma manifestação da ONU sobre o reconhecimento de forças da oposição como responsáveis pelo processo de transição na Líbia
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2011 às 09h03.
Brasília – Em visita a Moscou, na Rússia, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesse domingo (4) que há uma “preocupação sistêmica” do Brasil com a consolidação da democracia na Líbia. Segundo ele, é essa reação que faz o governo brasileiro aguardar uma manifestação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o reconhecimento de forças da oposição, por meio do Conselho Nacional de Transição, como responsáveis pelo processo de transição no país.
“Nos preocupamos com a preservação do direito internacional [na Líbia] e o respeito ao papel fundamental que o Conselho de Segurança desempenha”, disse Patriota, após visita à Rússia. "[Nós] temos uma preocupação sistêmica que não deve ser interpretada como simpatia a governos autocráticos”, acrescentou. “Quando as leis são interpretadas de forma excessiva, quem sai perdendo é o sistema.”
O assunto foi tema da reunião do chanceler brasileiro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov. Patriota e Lavrov também conversaram sobre a possibilidade de ampliar as relações bilaterais, multilaterais e da agenda do Conselho de Segurança das Nações Unidas. No começo deste ano, a presidenta Dilma Rousseff se reuniu com o presidente russo, Dmitri Medvedev.
Brasília – Em visita a Moscou, na Rússia, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesse domingo (4) que há uma “preocupação sistêmica” do Brasil com a consolidação da democracia na Líbia. Segundo ele, é essa reação que faz o governo brasileiro aguardar uma manifestação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o reconhecimento de forças da oposição, por meio do Conselho Nacional de Transição, como responsáveis pelo processo de transição no país.
“Nos preocupamos com a preservação do direito internacional [na Líbia] e o respeito ao papel fundamental que o Conselho de Segurança desempenha”, disse Patriota, após visita à Rússia. "[Nós] temos uma preocupação sistêmica que não deve ser interpretada como simpatia a governos autocráticos”, acrescentou. “Quando as leis são interpretadas de forma excessiva, quem sai perdendo é o sistema.”
O assunto foi tema da reunião do chanceler brasileiro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov. Patriota e Lavrov também conversaram sobre a possibilidade de ampliar as relações bilaterais, multilaterais e da agenda do Conselho de Segurança das Nações Unidas. No começo deste ano, a presidenta Dilma Rousseff se reuniu com o presidente russo, Dmitri Medvedev.
A Rússia é hoje o 16º principal parceiro comercial do Brasil, registrando US$ 6,06 bilhões apenas no ano passado, com aumento de 42% em comparação a 2009. Patriota disse que o Brasil quer diversificar o relacionamento no plano comercial, ampliando as exportações para além da área agrícola.
Segundo Patriota, o Brasil também quer fechar um acordo com a Rússia no que se refere à ciência e tecnologia. O chanceler lembrou que recentemente foi lançado o programa Brasil sem Fronteiras, que concederá 75 mil bolsas de estudo para estudantes brasileiros no exterior.
Da Rússia, Patriota seguiu para o Marrocos. O chanceler passa o dia hoje em Rabat, capital marroquina, com o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Taïeb Fassi Fihri. O objetivo da visita é aprofundar o diálogo político com o país do Norte da África e tratar de temas relativos ao comércio e à cooperação bilateral. De acordo com o Itamaraty, serão discutidos ainda temas da agenda internacional, em particular a situação no Norte da África e no Oriente Médio.