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Brasil pede que OMC abra painel sobre queixas contra a Bombardier

No pedido, o Brasil pedirá o exame em mais de 20 programas de subsídios do Canadá ao setor aeronáutico do país

Bombardier: o plano da Bombardier é de que o CSeries concorra com os aviões E195 da Embraer (Susana Gonzalez/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 17 de agosto de 2017 às 20h15.

Brasília -  O Brasil vai pedir na sexta-feira que a Organização Mundial do Comércio ( OMC ) abra um painel de solução de controvérsias para decidir sobre reclamação de que o Canadá está subsidiando os jatos CSeries produzidos pela Bombardier , disse o Ministério das Relações Exteriores.

O Ministério disse em comunicado nesta quinta-feira que o Brasil estima que o CSeries recebeu cerca de 3 bilhões de dólares em subsídios federais, estaduais e locais.

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O plano da Bombardier é de que o CSeries concorra com os aviões E195 da Embraer .

No pedido, o Brasil pedirá o exame em mais de 20 programas de subsídios do Canadá ao setor aeronáutico do país, direta ou indiretamente relacionados ao desenvolvimento do CSeries.

"Na avaliação do governo brasileiro, os elevados subsídios concedidos pelo Canadá à Bombardier resultaram em grave prejuízo à indústria aeronáutica nacional", diz trecho do documento.

A província de Quebec, sede da Bombardier, injetou noCSeries 1 bilhão de dólares no ano passado. E o maior fundo de pensão da província investiu 1,5 bilhão na unidade ferroviária da Bombardier.

Em 2016, a Bombardier entregou uma encomenda da Delta por 75 jatos CSeries, no valor de cerca de 5,6 bilhões de dólares a preços correntes, batendo a Embraer ao oferecer preços abaixo dos custos, segundo o governo brasileiro.

A Boeing também reclamou de práticas comerciais desleais da Bombardier, o que poderia levar os EUA a penalizar a empresa canadense. Os EUA investigam se deve continuar com um processo de antidumping e por prática de subsídios.

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