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Brasil e China se preparam para aumentar o intercâmbio agropecuário

Hoje, o país já é o terceiro maior importador de produtos brasileiros e o primeiro do agronegócio nacional

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h30.

Os governos do Brasil e da China planejam intensificar o comércio agropecuário entre os dois países e fortalecer o intercâmbio nas áreas de pesquisa de produção de alimentos de origem animal e vegetal. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o governo chinês assinaram na segunda-feira (19/04), em Brasília, um memorando sobre o assunto. Hoje, o país já é o terceiro maior importador de produtos brasileiros e o primeiro do agronegócio nacional. No ano passado, os negócios entre Brasil e China movimentaram 6,8 bilhões de dólares.

O memorando prevê a criação de um comitê sino-brasileiro de cooperação para a agropecuária. Na avaliação do ministro Roberto Rodrigues, a China poderá vir a ser um dos maiores parceiros comerciais do Brasil na área do agronegócio. O governo estima que, nos próximos 20 anos, 400 milhões de chineses devem trocar o campo pelas cidades. Isso aumentará a demanda por alimentos do país.

A partir da assinatura do documento, o comitê sino-brasileiro deve definir as áreas de maior interesse de cooperação mútua e apresentar alternativas para harmonizar a legislação agrícola entre os dois países, visando a remover eventuais barreiras. "Esse grupo vai atuar no fortalecimento da cooperação científica, promoção comercial e institucional", destacou Dimarzio. Segundo o secretário-executivo, os chineses também têm interesse em realizar investimentos diretos no Brasil, associando-se a empresários do agronegócio para produção de alimentos ou destinando recursos para obras de infra-estrutura e logística.

O memorando precede a assinatura de possíveis acordos de cooperação que o Brasil poderá assinar com a China em maio, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva àquele país.

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