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Brasil e Argentina negociam estratégia para exportar soja

O objetivo é obter condições que permitam aos dois países aumentar a exportação à China.

Soja: acordo com Argentina deve agregar valor à soja antes de exportá-la (Getaway)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2016 às 15h54.

Esteio - Brasil e Argentina estão negociando uma estratégia conjunta para conseguir exportar soja com maior valor agregado à China. O objetivo é obter condições que permitam aos dois países aumentar o embarque de farelo, óleo e outros derivados da oleaginosa. "O Brasil, a Argentina e os Estados Unidos têm 90% deste mercado, e na verdade a China determina algumas regras que para nós não são interessantes. Vamos afinar alguns pontos e depois tentar convencer os chineses de que temos razão", disse neste domingo o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

As conversas entre Brasil e Argentina já começaram. Maggi tratou do tema com o ministro da Agroindústria da Argentina, Ricardo Buryaile, quando esteve no País vizinho, no início de agosto. Neste domingo, 28, eles voltaram a se reunir na Expointer (Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários), em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre.

A discussão com os argentinos abre uma possibilidade de avançar numa demanda brasileira com a China que é antiga. Segundo Buryaile, tanto Brasil quanto Argentina têm a necessidade de agregar valor à soja antes de exportá-la, para fomentar as indústrias locais e, também, diversificar a pauta de exportações.

"Estamos vendendo a eles (chineses) muito grão de soja e pouco valor agregado. É preciso falar com a China", afirmou o ministro argentino. "A ideia é que vejam que dois produtores tão importantes como Argentina e Brasil têm uma mesma visão. É sair deste esquema de produção que temos de grãos e passar a outra etapa."

Maggi ressaltou que, no caso do Brasil, a diversificação da pauta de exportação para o país asiático pode ajudar a evitar a falta do grão da oleaginosa no mercado interno. "Vamos ter problema neste final de ano com a grande saída de grãos, talvez algumas indústrias tenham que parar de processar por falta de produto. Então, uma das políticas que podemos utilizar é esta de participação (no mercado chinês) não só de grãos, mas também de farelo e óleo", avaliou.

Buryaile disse que ele e Maggi devem voltar a se encontrar dentro de três meses para tocar uma agenda de temas em comum, entre eles a soja.

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Esteio - Brasil e Argentina estão negociando uma estratégia conjunta para conseguir exportar soja com maior valor agregado à China. O objetivo é obter condições que permitam aos dois países aumentar o embarque de farelo, óleo e outros derivados da oleaginosa. "O Brasil, a Argentina e os Estados Unidos têm 90% deste mercado, e na verdade a China determina algumas regras que para nós não são interessantes. Vamos afinar alguns pontos e depois tentar convencer os chineses de que temos razão", disse neste domingo o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

As conversas entre Brasil e Argentina já começaram. Maggi tratou do tema com o ministro da Agroindústria da Argentina, Ricardo Buryaile, quando esteve no País vizinho, no início de agosto. Neste domingo, 28, eles voltaram a se reunir na Expointer (Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários), em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre.

A discussão com os argentinos abre uma possibilidade de avançar numa demanda brasileira com a China que é antiga. Segundo Buryaile, tanto Brasil quanto Argentina têm a necessidade de agregar valor à soja antes de exportá-la, para fomentar as indústrias locais e, também, diversificar a pauta de exportações.

"Estamos vendendo a eles (chineses) muito grão de soja e pouco valor agregado. É preciso falar com a China", afirmou o ministro argentino. "A ideia é que vejam que dois produtores tão importantes como Argentina e Brasil têm uma mesma visão. É sair deste esquema de produção que temos de grãos e passar a outra etapa."

Maggi ressaltou que, no caso do Brasil, a diversificação da pauta de exportação para o país asiático pode ajudar a evitar a falta do grão da oleaginosa no mercado interno. "Vamos ter problema neste final de ano com a grande saída de grãos, talvez algumas indústrias tenham que parar de processar por falta de produto. Então, uma das políticas que podemos utilizar é esta de participação (no mercado chinês) não só de grãos, mas também de farelo e óleo", avaliou.

Buryaile disse que ele e Maggi devem voltar a se encontrar dentro de três meses para tocar uma agenda de temas em comum, entre eles a soja.

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