Economia

Brasil perde de Ruanda e Ucrânia em prontidão tecnológica

País caiu 19 posições desde 2012 em ranking do Fórum Econômico Mundial e ficou no 84º lugar, atrás de Ruanda, Ucrânia e El Salvador

Homens olham para laptops (Getty Images)

Homens olham para laptops (Getty Images)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 15 de abril de 2015 às 13h12.

São Paulo - O Brasil caiu 15 posições - de 69º para 84º - no último ranking de prontidão tecnológica do Fórum Econômico Mundial, um dos maiores declínios entre todos os 143 países analisados.

Desde 2012, a queda é de 19 posições. Entre os BRICS, só a Índia está pior, no 89º lugar. A China ficou em 62º e a Rússia em 42º. 

O Brasil não entrou no top 50 em nenhum dos 10 pilares divididos entre ambiente (regulatório/político e de negócios/inovação), prontidão tecnológica (infraestrutura, preços e competências), uso (por governos, indivíduos e empresas) e impactos (econômicos e sociais).

A performance é especialmente fraca nos primeiros pilares, apesar do país ter subido 14 posições no quesito "ambiente para inovação".

"O nível de taxação no país (137º no ranking) e a extensão da burocracia - notavelmente, o país está em 137º no tempo necessário para começar um negócio - e atrasos no seu sistema judicial estão entre as várias fraquezas insitucionais que explicam essa situação", diz o relatório.

O uso das tecnologias está aumentando, mas em um ritmo menor do que em outros países, o que faz o país perder posições relativamente. Outro problema é que o baixo nível educacional médio diminui a capacidade da população de desfrutar melhor das tecnologias. 

"O governo falhou em fazer das tecnologias de informação uma força central na sua estratégia de desenvolvimento (106º lugar nesse quesito). Consequentemente, os benefícios econômicos e sociais das tecnologias de informação continuam muito limitados (76º neste ranking)".

O ranking de prontidão tecnológica do Fórum é publicado desde 2001. Neste ano, a Finlândia perdeu a liderança para Singapura. Completam o top 5, assim como no ano passado, Suécia, Finlândia e Noruega.

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