A receita da indústria brasileira com a exportação de papéis encolheu 1,4% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado (Patxi Aguado/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 30 de abril de 2013 às 17h49.
São Paulo - Os indicadores do mercado brasileiro de papéis voltaram a apresentar queda das exportações e expansão das vendas domésticas em março.
A trajetória, que caracterizou os negócios do setor no primeiro trimestre do ano, sugere que as empresas brasileiras reduziram o ritmo das vendas externas para terem condições de atender à demanda doméstica.
As vendas domésticas de papéis cresceram 1,8% em março, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram negociadas 443 mil toneladas de papéis no mês passado. Já as exportações encolheram 19,5% em igual base comparativa e totalizaram 153 mil toneladas.
No acumulado do primeiro trimestre, as vendas domésticas cresceram 4,8% em relação ao início do ano passado e alcançaram 1,316 milhão de toneladas. As exportações encolheram 11,6% em igual período, para 451 mil toneladas.
A sinalização de que a demanda interna justificou a redução das exportações é reforçada pelos indicadores de importação. As compras externas encolheram 31,1% em março e somaram 93 mil toneladas no período. No acumulado do primeiro trimestre, as importações encolheram 15,2% e somaram 306 mil toneladas.
O consumo aparente de papéis, indicador que dimensiona a demanda doméstica, teve alta de 0,4% no trimestre, alcançando 2,390 milhões de toneladas. Em março, o indicador teve queda de 1,4%, para 796 mil toneladas.
Balança
A receita da indústria brasileira com a exportação de papéis encolheu 1,4% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, para um total de US$ 479 milhões (preço FOB). As importações, por outro lado, encolheram 14,4% e somaram US$ 350 milhões.
O principal destino dos papéis brasileiros é o mercado latino-americano, com vendas de US$ 258 milhões. O montante é 2,3% inferior ao reportado no primeiro trimestre do ano passado. Na outra ponta, destaque para as exportações para a América do Norte, que cresceram 34,1% e somaram US$ 59 milhões no trimestre.