Economia

Bovespa inicia abertura de propostas do leilão da BR-153

Trata-se do primeiro leilão de rodovias do ano e o sexto dos nove inicialmente previstos no PIL


	BR-153 em Tocantins: vencerá a disputa quem oferecer a menor tarifa
 (Arquivo/CNT)

BR-153 em Tocantins: vencerá a disputa quem oferecer a menor tarifa (Arquivo/CNT)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2014 às 10h43.

São Paulo - Começou nesta sexta-feira, 23, o leilão para a concessão da BR-153, no trecho da rodovia entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins (TO), com 628,8 quilômetros.

Trata-se do primeiro leilão de rodovias do ano e o sexto dos nove inicialmente previstos para serem realizados dentro do Programa de Investimentos em Logística (PIL).

Mas como os lotes restantes são considerados de baixa viabilidade econômica como concessões, este pode ser o único leilão de rodovias federais de 2014.

Será feita a leitura das propostas dos três grupos interessados no projeto: Galvão Engenharia, Triunfo Participações e Investimentos (TPI), e Consórcio Norte-Sul, formado por EcoRodovias, Queiroz Galvão e Coimex Empreendimentos.

Vencerá a disputa quem oferecer a menor tarifa. O valor máximo permitido é de R$ 0,0922 por quilômetro, ou R$ 9,22 por 100 quilômetros de rodovia.

Analistas apontam que o menor número de interessados e características da concessão, como uma potencial competição com a Ferrovia Norte-Sul (FNS) pelo tráfego de carga de grãos, podem fazer com que o deságio seja menor que nos leilões passados, quando os descontos variaram entre 42% (BR-050) e 61% (BR-040).

A totalidade do trecho concedido deverá ser duplicada durante os primeiros cinco anos de concessão, o que exigirá investimentos da ordem de R$ 4,3 bilhões, segundo cálculos do governo.

Como nos últimos projetos concedidos, a cobrança de pedágio só terá início após a conclusão dos trabalhos iniciais no sistema rodoviário e a execução de 10% das obras de duplicação. O prazo do contrato é de 30 anos.

Os analistas do BTG Pactual Renato Mímica e Samuel Alves avaliaram que o consórcio com a EcoRodovias é o favorito para conquistar o projeto.

A empresa, anteriormente afetada pelo mercado por ser muito agressiva em seus lances por novas concessões e outras aquisições de projetos de infraestrutura, passou 2013 sem conquistar nenhuma concessão, mesmo participando do leilão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e das rodovias federais ofertadas.

Por isso, parte do mercado espera que o grupo seja bem-sucedido em seus lances em alguma das oportunidades deste início de ano - além da BR-153, a EcoRodovias se prepara para disputar a PPP da Tamoios, rodovia paulista que irá a leilão no próximo mês.

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